* Enviado-especial ao Brasil

Com a digestão da goleada perante a Alemanha e as preocupações com o clima a dominarem as perguntas, sobrou pouco espaço para Postiga analisar o adversário de domingo. Verdade seja dita, o avançado também não quis entrar em pormenores sobre a seleção norte-americana: «Parece-nos uma equipa bem organizada, forte fisicamente, e tem do seu lado a confiança de ter ganho o primeiro jogo, que nestas competições é muito importante. Mas nesta altura temos de nos focar em nós, e tentarmos jogar o nosso futebol», defendeu.

Quanto às críticas à exibição, e em particular à expulsão de Pepe, Postiga ironizou: «As críticas fazem parte da nossa profissão, e eu que o diga! Depois de um momento complicado, o mais fácil é arranjarmos motivos para criticar, mas os nossos jogadores já estão um bocado vacinados contra isso. O Pepe sabe que errou, mas vai estar a apoiar-nos com toda a energia com os EUA, para depois poder ajudar-nos no jogo seguinte», resumiu.

Postiga não quis especular com o facto de a sua experiência e hábito de jogar sob pressão (está na seleção desde 2003, tal como Cristiano Ronaldo) poder ser um fator determinante na escolha de Paulo Bento: «Sim, já estamos no grupo há muito tempo, mas isso não vai alterar em nada a decisão do treinador. A pressão vai sempre existir num Mundial, mesmo que o jogo tivesse decorrido de forma diferente com a Alemanha. Quem jogar vai dar o seu máximo para que as coisas saiam bem. Podem faltar-nos jogadores, mas em empenho vai sobrar», garantiu.

A concluir, o ponta de lança, que não marca na seleção desde outubro, desvalorizou o longo jejum: «Não estou preocupado, porque sei que tive um ano complicado, a nível físico. Neste momento estou bem e espero poder ajudar. Portugal costuma ter respostas positivas quando os jogos são decisivos. Espero que consigamos recuperar o espírito dos jogos com a Suécia, passando para dentro de campo a imagem do que somos como grupo», concluiu.