O presidente da FPF, Gilberto Madail, acredita que o governo percebeu o que levou o organismo a querer apresentar uma candidatura ibérica ao Mundial-2018. Segundo o dirigente, as palavras do primeiro-ministro, José Sócrates, na conferência de encerramento da cimeira luso-espanhola, realizada em Zamora, «vêm de encontro aos princípios do projecto», lê-se no site da FPF. Ou seja, «aproveitar as infra-estruturas que foram feitas para o Euro-2004».
Madail aproveitou para lembrar os efeitos do Europeu na economia: «Algumas [infra-estruturas] desportivas, como estádios, mas não só. Refiro-me a vias de comunicação, a telecomunicações, equipamentos aeroportuários ou infra-estruturas ligadas ao turismo. Lembro, por exemplo, que só nesta área tão importante para a economia portuguesa a produção ligada ao Euro foi na ordem dos 180 milhões de euros. Esta é uma boa oportunidade, também do ponto de vista económico-financeiro, não só porque estamos a pensar num evento que se realiza daqui a nove anos, mas também porque ele garante um encaixe significativo de verbas em variadíssimos ramos de actividade, beneficiando dos investimentos feitos recentemente.»
Na cimeira, os governantes de Portugal e de Espanha apontaram que ainda não receberam comunicações oficiais das federações. No entanto, existe o compromisso de as analisar, quando o processo chegar às suas mãos. José Sócrates revelou alguma abertura em relação à ideia, que é acolhida com as «melhores expectativas. Se representar o aproveitamento das nossas infra-estruturas, temos o maior interesse em apoiar essa candidatura.»