A FIFA está a investigar os problemas ocorridos entre a selecção sub-20 do Chile e a polícia canadiana, depois da meia-final do Mundial que opôs os chilenos à selecção da Argentina. Os responsáveis chilenos acusam a polícia de ter usado gás pimenta e bastões eléctricos contra os seus jogadores. A confusão teve lugar após o Chile tere perdido por três a zero.
O caso está a tomar grandes proporções. Alejandro Foxley, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Chile, avisou que o governo chileno pode vir a apresentar uma queixa formal contra a conduta da polícia do Canadá exigindo também uma explicação. O porta-voz da FIFA, John Schumacher, garantiu que «a situação está a ser investigada» e que «os jogadores foram libertados e estão agora nas mãos da delegação chilena».
Insatisfeitos com o trabalho da equipa de arbitragem, os jogadores chilenos rodearam os juízes da partida logo após o final contestando a actuação do alemão Wolfgang Stark. Mais tarde, quando a selecção chilena abandonava o estádio, a polícia interveio para acalmar os ânimos. O chefe da polícia de Toronto, Bill Blair, afirmou que um jogador chileno se envolveu numa discussão com um adepto argentino. À intervenção da polícia, o atleta respondeu com agressões. «O trabalho dos meus agentes é agir firme mas correctamente para pôr fim a violência. Foi isso que fizeram» garantiu à imprensa citado pela Reuters.
Ricardo Plaza, cônsul chileno em Toronto, disse a uma rádio local que «o que é claro é que a polícia actuou sobre os jogadores chilenos com bastante força, por razões que ainda estão a ser investigadas». O jogador chielno Isaias Peralta disse a um jornal do seu país que recebeu dois choques eléctricos nas costas. «Fomos tratados como animais» disse o internacional chileno.