«Reconhecemos que o país ainda enfrenta grandes desafios. Apesar dos esforços das autoridades, os níveis de pobreza ainda são elevados, e há necessidade de desenvolver políticas de criação de emprego e melhorar a distribuição de rendimento entre as diferentes regiões», refere o relatório da mais recente missão do FMI a Moçambique, citado pela Lusa.
A missão de directores executivos a Moçambique decorreu no início do mês, e logo após a sua conclusão eclodiram, primeiro na capital e depois noutras cidades do país, violentos protestos contra o aumento do preço dos transportes, e do custo de vida em geral.
«É preciso reduzir custos da actividade empresarial»
No relatório, o FMI salienta a necessidade de reduzir os custos da actividade empresarial e apoiar o desenvolvimento de pequenas e médias empresas, além da diversificação do tecido produtivo.
«Alargar às zonas rurais o acesso a serviços financeiros e eliminar constrangimentos de infra-estruturas, assegurando segurança energética, seriam passos importantes para apoiar o crescimento económico elevado e reduzir a pobreza de forma significativa», adianta.
Quanto à economia, o elogio é geral, abrangendo o controlo da inflação, crescimento do PIB, reformas no sector público e gestão das reservas internacionais, entre outros aspectos.
«Congratulamos as autoridades moçambicanas pelo seu forte empenho em políticas económicas saudáveis, e por um crescimento económico impressionante nos últimos anos», lê-se no relatório.
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