A pergunta colocou a Jorge Jesus uma dúvida: numa altura em que o Benfica está em quatro frentes e lidera o campeonato, terá o treinador sentido que recuperou o carinho dos adeptos de alguma forma perdido no final da época passada? A resposta de Jesus foi lapidar.

«Eu trabalho em função das minhas convicções desde o primeiro dia em que cheguei, é preferível o Benfica estar em primeiro do que em segundo ou terceiro, mas não é isso que vai mudar a minha forma de jogar ou de trabalhar, porque sei o que estou a fazer», começou por responder.

«Aqui há duas questões que é importante referir. Uma coisa é chegar às finais e carimbar. Outra coisa é nunca lá chegar. Uma equipa competir e chegar às finais, é valorização e valorização também é uma vitória.»

O treinador insiste que a falta de títulos, em quinze dias trágicos que roubaram três troféus a um Benfica que podia ganhar quase tudo, não disfarça o essencial: foi uma excelente época.

«O Benfica o ano passado fez 56 jogos, em Portugal perdeu dois. Foi um campeonato fácil? Não, e tem de ser valorizado. Não fomos campeões? É verdade. Perdemos um jogo e não fomos campeões. Mas na minha cabeça nunca me vão tirar o mérito. Se este ano fizermos a mesma coisa e formos campeões, melhor ainda. Melhor ainda!»