O Nacional perdeu mais uma vez uma boa oportunidade para subir na tabela classificativa e de se manter na corrida pela Europa. Os madeirenses sofreram uma igualdade ao cair do pano, num jogo em que foram pouco afoitos e pouco ou nada fizeram para vencer. A Académica controlou quase sempre o jogo e acabou por empatar, com justiça. Numa partida mal jogada, diga-se.

De um lado esteve um conjunto madeirense, que precisava de vencer para se manter na corrida pela Europa, do outro, esteve uma Académica que quer assegurar a manutenção e que, sob o comando de Ulisses Morais, somou um triunfo e um empate. Chuva, vento e frio. E duas equipas encaixadas num 4x3x3.

Foi uma primeira parte muito fraca aquela a que os adeptos nacionalistas puderam assistir. Os alvinegros entraram apáticos, sem pressionar no meio-campo, não conseguindo criar uma jogada de perigo para Peiser. Apenas um trabalho de Diego Barcellos, aos 37 minutos, levou algum perigo à baliza da Académica, mas a bola bateu em Berger e saiu para canto.

A turma de Coimbra entrou personalizada e bem organizada, em termos defensivos, aproveitando a velocidade dos seus homens da frente: Éder, Digo Valente e Sougou.

O médio Diogo Melo foi o primeiro a tentar alvejar a baliza de Bracalli, por duas vezes, mas a bola saiu sempre ao lado.

Controlando o meio-campo e saindo em contra-ataque, após um bom cruzamento de Hugo Morais na esquerda (34m), Diogo Valente rematou de primeira, com a bola a passar muito perto da baliza. E seria de novo este esquerdino dos estudantes a tentar a sua sorte, em mais um remate forte, mas que voltou a sair ao lado. O intervalo chegou, numa partida de fraca qualidade, mas com a formação visitante a ter mais posse de bola e a criar mais perigo.

A segunda parte não trouxe grandes novidades. O Nacional continuava a não causar grande perigo e a única situação que teve foi devido a um falhanço de Berger, que quase ofereceu o golo a Orlando Sá, aos 51 minutos.

Após a saída de Mateus, muito contestada pelos adeptos locais que queriam a substituição de Sá, o camisola 9 abriu o marcador aos 61 minutos. Após um cruzamento de Bruno Amaro, Orlando Sá cabeceou ao poste e na recarga fez o 1-0, quando poucos acreditavam que tal seria possível, face à fraca produção dos locais.

Ulisses Morais mexeu na sua equipa, tentando chegar ao empate. Mas os locais foram fechando bem o caminho para a sua baliza. Os estudantes foram abrindo mais espaços para os contra-ataques alvinegros. O tempo foi passando e a formação de Coimbra, apesar de ter mais posse de bola, não causou perigo a Bracalli. Só aos 84 minutos, Diogo Valente após bom trabalho individual, rematou com perigo mas ao lado.

Já em tempo de descontos, acabou por se fazer alguma justiça no marcador. Diogo Valente (quem poderia ser?) cruzou bem e Laionel, de cabeça, bateu Bracalli empatando a partida. Balde de água fria na Choupana. Igualdade que traduz a pouca acutilância que a equipa madeirense apresentou ao longo do jogo.