Após uma primeira parte muito fraca, o Nacional descobriu o caminho para a baliza do Boavista no segundo tempo. Muito por culpa de Zé Vítor e das duas alterações que Jokanovic produziu: lançou Lipatin e Adriano no jogo. Pacheco ficou a jogar com menos um jogador logo aos 15 minutos e viu a sua equipa quebrar no segundo tempo. Fary terminou com uma possível reacção desperdiçando duas boas ocasiões. Os madeirenses regressaram aos triunfos após duas derrotas e respiram melhor.
Os boavisteiros entraram bem e logo no primeiro minuto, Zé Kalanga, num contra-ataque, obrigou Benaglio a defesa apertada. Mas Jaime Pacheco viu-se forçado a alterar a sua estratégia logo aos 15 minutos, porque João Ferreira foi rigoroso e na primeira entrada mais dura de Bruno Pinheiro mostrou o vermelho directo ao boavisteiro. Dessa forma, o técnico dos nortenhos fez recuar Jorge Ribeiro e colocou apenas dois homens mais avançados abertos: Kalanga e Mateus.
Os madeirenses até então não criaram perigo, só mesmo de bola parada (cantos) é que Peter Jehle foi posto mais em acção.
Foi de novo Kalanga aos 23 minutos que poderia ter inaugurado o marcador, mas uma vez mais Benaglio levou a melhor e desviou para canto o remate do internacional angolano. A turma do Bessa até nem se deu mal em desvantagem. Os alvinegros não mostraram argumentos e velocidade para passar a barreira de equipa de Pacheco que jogou ao ritmo que lhe convinha. Os nacionalistas também não pressionavam na procura da posse de bola. Assim, o intervalo chegou com um nulo justo, numa partida de fraca qualidade e sem motivos de interesse para os poucos espectadores presentes (1500 pessoas).
Intervalo bom conselheiro
Na segunda metade o Nacional entrou a todo o vapor. E em 15 minutos foi mais perigoso do que em toda a primeira parte.
Juliano e Adriano,aos 48 e 53, assustaram Jehle mas a direcção dos seus remates não foi a melhor. Jokanovic trocou os homens da frente (Cássio e Rodrigo saíram e entraram Adriano e Lipatin) e o ataque madeirense tornou-se mais perigoso.
Foi nessa sequência lógica e em mais uma escorregadela de Ricardo Silva que os nacionalistas chegaram ao golo por Zé Vítor aos 56 minutos, que roubou uma bola aproveitando a falha do defesa boavisteiro e bateu Jehle com um remate cruzado.
Daí em diante, os nortenhos perderam o controlo do jogo e os locais aumentaram a velocidade criando muitas situações perigosas, mas sempre desperdiçadas na hora da finalização.
Lipatin mexeu e marcou
O avançado Lipatin foi a carta certa jogada por Jokanovic. Mexeu e muito com o ataque nacionalista, rematou ainda mais e fez o 2-0 aos 68 minutos, após uma boa combinação entre Alonso e Zé Vítor com este a assistir o ponta-de-lança que rematou rasteiro sem hipótese para Jehle. Pacheco também jogou a sua sorte fazendo três alterações na equipa e com essas mudanças alterou um pouco o domínio que acontecia da equipa da Madeira.
Mas a pontaria dos atacantes, principalmente, de Fary não estava certeira. Jorge Ribeiro sempre perigoso também tentou a sua sorte, mas Benaglio mostrou-se atento. Pelo que fez no recomeço, principalmente, nos 25 minutos, o Nacional justificou a vitória, embora nem sempre jogando bem. O Boavista quebrou muito na segunda parte e ai sentiu o peso de jogar só com 10 homens.