Sá Pinto lançou alguns dos jogadores menos utilizados mas viu o Sporting vencer na Choupana. Não foi uma exibição de encher o olho, mas sim de raça e eficácia. O Nacional só se pode queixar de si próprio pois após a infantilidade de Rúbio, que deixou os leões com 10 unidades, os alvinegros ainda chegaram à igualdade, com justiça. Mas numa desatenção permitiram que Wolfswinkel ganhasse uma grande penalidade, que o holandês transformou, dando o triunfo aos leões. Assim, consolidando o quarto lugar na I liga, o Sporting parte para Bilbau com o moral em alta e sem excesso físico.

Um Nacional fiel aos seus princípios e com um onze motivado face a três vitórias consecutivas. Um Sporting a pensar em Bilbau, com poupanças na equipa, mas sempre empenhado e lutador. Os leões defendiam bem e espreitavam o contra-ataque. Após uma falta de Neto sobre cCrriço na zona frontal, os lisboetas colocaram-se em vantagem. O livre de André Martins bateu na barreira, mas Arias chutou e a bola ficou presa nas pernas de Moreno, com Rúbio a roubar a bola e a rodar, chutando forte e batendo Marcelo Valverde. Eficácia e um bom começo para os pupilos de Sá Pinto. E ainda o primeiro golo oficial pelo chileno na turma de Alvalade.

Os locais reagiram e, aos 22 minutos, Rondon não conseguiu ser rápido no remate após um bom passe de Candeias, permitindo um grande corte de Onyewu para canto. Seria de novo o gigante americano a cortar mais um lance perigoso, pois o remate de Mateus desviou nas suas pernas para a linha de fundo aos 28 minutos.

Só que, uma vez mais, em contra-ataque, os leões chegaram de forma fácil ao 2-0 aos 31 minutos. Na zona central e sem oposição, Renato Neto encheu o pé e bateu Marcelo Valverde pela segunda vez na Choupana, estreando-se também a marcar com a camisola do Sporting. Grande eficácia da turma lisboeta.

Caixinha e os adeptos madeirenses temeram o pior. Mas dois minutos depois, um bom cruzamento de Candeias na direita colocou a bola em Mateus e este rematou para o fundo da baliza de Marcelo Boeck, com Arias a deixar o internacional angolano a surgir nas suas costas. O jogo ficou relançado.

Infantilidade de Rúbio

Após o intervalo, Sá Pinto retirou Renato Neto e lançou Schaars. Era preciso injectar nova dinâmica no meio campo leonino. Como lhe competia, foi a formação da casa que entrou a mandar no jogo. Mas a defesa sportinguista ia resolvendo os ataques nacionalistas.

Até que Rúbio, numa infantilidade, desviou a bola com mão. Viu o segundo cartão amarelo e foi expulso. A vida complicou-se para o onze de Lisboa.

Sá Pinto lançou Wolfswinkel e retirou o apagado André Martins, enquanto Caixinha trocou Skolnik por João Aurélio, que já estava «amarelado». O técnico evitou, assim, possíveis expulsões e perder a vantagem numérica.

Mesmo com mais um jogador, os alvinegros não conseguiam criar perigo para a baliza Marcelo Boeck. Por isso, Caixinha arriscou tudo. Retirou um médio defensivo e lançou um avançado: Keita. Havia 72 minutos. Efeito imediato, o avançado recuperou uma bola e, num lance de insistência, fez o 2-2 aos 74 minutos. Caixinha acertou em cheio!

Só que nem deu tempo para festejar, pois Marcelo Valverde derrubou Wolfswinkel dentro da área e cometeu grande penalidade. O próprio holandês encarregou-se de fazer o 3-2. Balde de água fria na Choupana.

Aos 83 minutos, o caso da partida. Um remate de Candeias bate em Xandão e os madeirenses reclamaram grande penalidade. Carlos Xistra estava perto e mandou jogar sob grandes protestos.

Até ao final, só deu Nacional. Mas Marcelo Boeck surgiu então na partida evitando o pior para o Sporting e segurou uma preciosa vitória.