Vale e Azevedo vai pedir ao Tribunal de Execução de Penas que lhe seja concedida a liberdade condicional e a anulação do mandado de detenção europeu, avança a agência Lusa.

«É seguríssimo que os requerimentos vão ser entregues na próxima semana, o mais tardar até quarta-feira», afirmou Luísa Cruz, advogada de Vale e Azevedo, acrescentando que foi fixado o cúmulo jurídico em cinco anos e meio de prisão efeciva e João Vale e Azevedo cumpriu mais de 50 por cento da pena. Estão preenchidos todos os pressupostos para que a liberdade condicional lhe seja concedida».

Luísa Cruz relembra que o ex-presidente do Benfica já cumpriu três anos de prisão o que corresponde «a mais do que metade» do consignado no Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade para a concessão da liberdade condicional.

João Vale e Azevedo alegou que foram considerados «três anos a mais» para a soma da pena de prisão a cumprir e recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Recorde-se que Vale e Azevedo encontra-se a residir em Londres sob termo de identidade e residência e com o passaporte confiscado, enquanto aguarda a decisão do Tribunal Superior de Justiça de Londres sobre o pedido de extradição das autoridades portuguesas.

A próxima audiência no tribunal londrino ainda não tem data marcada, depois de sete adiamentos da decisão de extraditar o antigo presidente do Benfica, advogado de profissão, mas que se encontra suspenso pela Ordem dos Advogados por um período de 10 anos.