Fernando Mira, o eterno «bombeiro» da Figueira, está prestes a concluir mais uma passagem de testemunho. Esta época, já o tinha feito para Rogério Gonçalves, após a saída de Victor Zvunka, e, agora, o senhor que se chegue é Carlos Mozer. O técnico interino abordou o jogo desta segunda-feira, em Alvalade, para a Taça da Liga, mas falar da sucessão no comando técnico da equipa era inevitável.

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Mira teve uma curta declaração sobre o treinador brasileiro para o enquadrar como fazem aqueles que gostam verdadeiramente do seu clube. «O presidente já nos comunicou a decisão mas, neste momento, os jogadores estão apenas concentrados no jogo. O que eu acho dele? É o melhor treinador do Mundo», replicou.

O sentido de missão do técnico e dedicação à Naval explicam tantas comissões de serviço, ao longo dos anos: «É o meu clube, há 16 anos que aqui estou, e faço tudo por ele. Está acima de mim», sublinhou aquele que, a partir de terça-feira, passará, de novo, a ser adjunto, auxiliando Carlos Mozer.

Sobre a partida em si, Fernando Mira teve um discurso típico de quem não tem nada a perder: «Temos de fazer o nosso jogo, é o arranque da Taça da Liga para nós, prova que todos querem vencer. O nosso objectivo, tal como os outros, é chegar às meias-finais. É um jogo para fazer postos. Aliás, queremos fazer o máximo de pontos, porque só o primeiro lugar dá acesso à fase seguinte.»

Quanto aos argumentos navalistas, passam por não mostrar demasiado respeito pelo adversário: «Temos de entrar de forma concentrada, jogar no erro do Sporting. A Naval tem de ir a Alvalade a pensar ganhar o jogo. O Campeonato? Não falámos sobre isso, apenas do jogo com o Sporting.»