O facto de a Naval ter salários em atraso deixou de ser novidade a partir do momento em que o próprio presidente do clube o divulgou há cerca de 15 dias. Na altura, falou em «mês e meio», o que equivale agora a dois meses [Abril e Maio], dado que os vencimentos continuam por liquidar. Pelo menos é isso que garante o médio Alexandre Hauw, que, em declarações ao jornal AujourdHui Sport, chegou mesmo a admitir pedir a rescisão se a situação se prolongar por mais tempo.
Contactado pelo Maisfutebol, o jogador reitera o que disse mas avança um dado novo: «Ligou-me o senhor José Ferreira [dirigente da Naval] na manhã desta quinta-feira e prometeu-me regularizar a situação para a semana. Espero que seja verdade porque eu quero continuar na Naval. Não lhes escondi nada, eles sabem o que penso sobre isto.»
Depois de ter confirmado que pelo menos dois colegas, Peiser e Godemèche, também não receberam os últimos dois meses, Hauw fala na possibilidade de rescindir «apenas em último caso», pois acredita na palavra dos responsáveis navalistas e diz sentir-se bem na Figueira: «Se assim não fosse, já o teria feito. Sei que o podia ter feito. Mas gosto de Portugal, da cidade, do Campeonato, e quero cumprir o meu contrato. Só peço para resolverem o assunto, para poder começar a época com tudo em dia.»
Mais franceses na calha
Enquanto o jovem Coulibaly (ex-Istres) não decide se aceita a proposta da Naval, as atenções permanecem viradas para França, mercado preferencial dos figueirenses neste Verão.
O braço-direito de Aprígio Santos, José Ferreira, encontra-se em solo gaulês, devido a assuntos particulares, mas poderá aproveitar para desenvolver alguns contactos.
Segundo foi possível apurar, pelo menos um central e um médio terão sido abordados nos últimos dias devendo responder em breve às condições oferecidas pelo clube português.