Nova Iorque ao rubro com o soccer. A cidade que nunca dorme, a «maior cidade do mundo», terá mais um clube com enormes ambições a partir de 2015. Para além dos New York Red Bulls, a Big Aple assistiu ao regresso do NY Cosmos e prepara-se agora para o NY City FC de David Villa.

O City, ligado ao Manchester City, disputará a Major League Soccer no próximo ano, a par dos Red Bulls. O Cosmos, por agora, prefere manter-se numa competição pararela, enquanto solidifica o seu projeto.

Carlos Mendes, filho de portugueses, nasceu em Nova Iorque e está deliciado com o cenário. O defesa de 33 anos é capitão do NY Cosmos, a marca que aliciou nomes como Pelé e Franz Beckenbauer na década de 70 e 80. Mendes, aliás, foi o primeiro jogador contratado para o regresso oficial aos relvados, em 2013.

«É uma altura especial para o soccer na região de Nova Iorque. Será a terceira equipa forte aqui, embora os Red Bulls, na prática, sejam de New Jersey. Estamos a aguardar pela chegada do City, com o David Villa já contratado. Os Red Bulls têm nomes fortes, nós também, como Marcos Senna. Enfim, quantos mais jogadores de topo houver por aqui, melhor para o futebol local.»

Em conversa com o Maisfutebol, o defesa luso-americano explica a continuidade do seu Cosmos na North American Soccer League (NASL).

«Não sei ao certo o que motivou a decisão dos proprietários do clube, mas nesta altura parece que a prioridade passa por consolidar a equipa, por construir o novo estádio, por criar condições para nos mantermos no topo. Em termos de equipa, já demonstrámos a nossa força. Ainda este mês vencemos por 3-0 os Red Bulls, na taça, portanto temos valor para competir com qualquer equipa da MLS.»



Carlos Mendes ajudou a sua equipa a sagrar-se campeã desse segundo escalão do soccer norte-americano, embora por lá não haja um esquema de subidas e descidas. Por isso, continuará a disputar a NASL.

O filho de emigrantes portugueses, orgulhoso cidadão de Nova Iorque, espera jogar mais um par de anos e quer ficar ligado à modalidade na região.

«Quero jogar mais uns anos. E depois, claro, sendo eu de Nova Iorque e com tudo o que está à acontecer, pretendo ficar e contribuir ainda mais para o desenvolvimento do soccer aqui. Seja como treinador ou como dirigente, vejo o meu futuro no soccer, em Nova Iorque. A maior cidade do Mundo tem de ter um soccer forte.»