Norton de Matos, treinador do V. Setúbal, no final do encontro com o Paços de Ferreira, que terminou com a vitória pacence no Estádio do Bonfim, por 1-0:
«Tinha dito que este era um jogo muito perigoso e muito importante porque era o primeiro. Tínhamos obrigação de ganhar. Acredito que esta derrota não se deveu à ansiedade. Criámos oportunidades suficientes para ganhar. Mas cometeu-se um erro e fica-se a perder. Acredito que a partir daqui os jogadores tivessem sentido o peso do jogo. Além disso, quando a bola não quer entrar não há nada a fazer. Não temos tido aquela pontinha de sorte. Criámos oportunidades, mas não marcámos. Estaria preocupado se não marcássemos, mas também não tivéssemos oportunidades, mas não foi isso que se passou. Atacámos pelos flancos, pelo meio, e por azar não marcámos. Estou satisfeito com a produção ofensiva. Dei os parabéns aos meus jogadores no final. É assim o futebol, hoje em dia é cada vez mais difícil marcar. Além disso, não é desculpa, mas não é fácil jogar às quatro da tarde e colocar um ritmo vivo ao jogo. Estava muito calor. Os jogadores não são máquinas. O Paços na única ocasião de golo marcou. Acredito que se tivéssemos marcado um golo, tudo seria diferente. Mas agora já jogámos fora e em casa, estamos mais soltos. Resta-nos agora começar a preparar o jogo com a Académica.
[Ausência de golos] Nãio disse que estou satisfeito com os meus avançados. Sinto-me frustrado, tal como eles. Mas existiram ocasiões para marcarmos. Não gosto de fazer comparações, mas por exemplo, vejo o Benfica, que está na mesma situação. Cada vez é mais difícil marcar golos. Por vezes acontece quando uma bola bate numa perna como no Belenenses, mas é complicado. Não é desculpa, mas por vezes fazem-se golos sem se saber bem como.»