O póquer de Suárez na descida do United ao inferno

Os reds sorriram e os red devils desceram a caminho do inferno. Noite de emoções fortes na Premier League, Arsenal sempre em frente, José Mourinho e André Villas-Boas em reviravoltas, Luis Suárez a jogar póquer.

Quatro golos para o avançado do Liverpool frente ao Norwich City (5-1), a sua vítima favorita. O clube de Anfield garante que Suárez é o primeiro jogador na sua história a completar três hat-tricks frente ao emblema de Van Wolfswinkel. E isso foi até ao intervalo. Na etapa complementar, um livre direto a propagar o efeito.

A história começou na temporada 2011/12. No total, cinco jogos frente ao Norwich e onze golos para o internacional uruguaio, que devora canários à dentada.


Mas há mais: terceiro jogador do Liverpool a completar um hat-trick na Premier League e o primeiro sul-americano a apresentarf um póquer na competição.

Luis Suárez, com uma média impressionante de golos na Premier League, pode estar a caminho da melhor época de sempre. São treze remates certeiros em nove jogos,

Anfiel Road em êxtase. Primeiro, um remate do meio da rua, encheu o pé e a bola a sobrevoar o pobre Ruddy. Depois um desvio engenhoso num pontapé de canto. Por fim, o melhor lance da noite.

Bola no peito, daí para o joelho. Um toque em frente, a curva para o centro, ele em linha reta e a bola por cima do adversário. E aí, um compasso de espera. Como finalizar aquele lance? Sai um remate cruzado, tenso, do nada. Hat-trick.

Chegaria para tornar a noite época, mas Luis Suárez não deixou. Apareceu um livre, uma bola fora da área. O uruguai cobra, na perfeição. Quarto golo sofrido por John Ruddy. Bradley Johnson marcou para um lado, Raheem Sterling fechou para o outro. 5-1 e o Liverpool em quarto lugar.


Noite feliz na terra dos Beatles, os reds entusiasmados e toffees a fazer história. O Everton não vencia em Old Trafford desde 19 de agosto de 1992. Esta noite, David Moyes a dar mais um passo em direção ao inferno. Frente à sua antiga equipa.

Nem Nani, vindo do banco de suplentes, lhe valeu. Bryan Oviedo, um esquerdino da Costa Rica, desenhou a tragédia no Teatro dos Sonhos. Ele que não marcara na época passada e que, este ano, leva dois golos em apenas dois jogos como titular do Everton.