Duas equipas do «campeonato da manutenção», Olhanense e Gil Vicente entraram em campo no conforto da sétima e nona posição, respetivamente (com os mesmos 22 pontos). E entraram também com a mesma disposição: a de procurar mais pontos para o respetivo conforto na tabela classificativa. E por isso, dividiram o jogo ao meio. O Olhanense teve as melhores ocasiões e podia ter conseguido a vantagem durante a primeira parte, enquanto o Gil fez o mesmo na etapa complementar e só não conseguiu a vantagem porque André Cunha não conseguiu bater Fabiano Freitas numa grande penalidade.

O Olhanense entrou apenas com uma alteração face àquela que tem sido a equipa-tipo de Sérgio Conceição: Dady no lugar de Yontcha. O Gil Vicente, por sua vez, apareceu em Olhão com uma equipa algo remendada, por força das ausências de jogadores importantes como Hugo Vieira, Cláudio, João Vilela ou Pedro Moreira. Por outro lado, Paulo Alves promoveu as estreias a titular do ponta-de-lança Zé Luís (recrutado por empréstimo ao Braga) e de César Peixoto.

A estabilidade do Olhanense pareceu prometer alguma coisa nos minutos iniciais, mas o estreante Zé Luís ia dando muito que fazer à defesa algarvia. O primeiro sinal de perigo seria mesmo dos gilistas: Richard cruzou da esquerda para outro emprestado pelo Braga, Rodrigo Galo, rematar ao lado da baliza de Fabiano Freitas. Depois, o Olhanense arrancou para cumprir a promessa feita: Salvador Agra e Wilson Eduardo, a espaços e com velocidade, mostravam que o golo dos algarvios podia surgir a qualquer momento.

No entanto, não surgiu. E o mau pagador da promessa tem nome: Dady. Aposta de Sérgio Conceição, o avançado cabo-verdiano não conseguiu corresponder com golos ao jogo ofensivo, ora de Salvador Agra, ora de Wilson Eduardo. Até final da primeira parte, o Olhanense pareceu sempre perto do golo, mas com tanto desperdício, o nulo havia mesmo de ser o resultado ao intervalo.

O segundo tempo começou sem alterações mas por pouco tempo: Sérgio Conceição queria ver mais da sua equipa e aos 53 minutos tirou Rui Duarte e lançou Toy. No entanto, a substituição não mexeu no jogo e pouco depois, o técnico algarvio fazia uma dupla alteração com a entrada em campo de Yontcha e Paulo Regula para os lugares de Wilson Eduardo e Dady.

Porém, em vez de novidades na frente algarvia, era mesmo o Gil Vicente quem havia de ter a melhor ocasião da segunda parte: a pouco mais de dez minutos do final, Duarte Gomes assinalou uma grande penalidade cometida sobre Zé Luís e expulsou André Pinto com o segundo amarelo. André Cunha, na conversão do castigo máximo, não conseguiu enganar Fabiano.

Até final, e apesar da superioridade numérica, o Gil não conseguiu chegar ao golo e o resultado arrastou-se para uma igualdade que deixa as duas equipas com o mesmo número de pontos e ainda na parte confortável da tabela classificativa.