A virtude esteve no meio
Grande parte do mérito da vitória do Olhanense partiu do meio-campo. Rui Baião, Castro e Rui Duarte estiveram muito dinâmicos, com excelente capacidade de trocar a bola e uma pujança física que empurrou a equipa para a frente. O golo saiu dali, aliás, num remate fantástico de Castro, mas merece também um destaque particular a exibição de Rui Baião: bem a defender e solicitando muito jogo pelos flancos.
Ukra, um extremo de profundidade
O jovem emprestado pelo F.C. Porto ao Olhanense foi uma enguia que deslizou pelos flancos, criando perigo e oferecendo profundidade à equipa de Jorge Costa. Pelo meio teve um remate à barra num livre bem marcado, fartou-se de dar dores de cabeça para os dois laterais da Naval, muito por causa da constante troca de flancos com Paulo Sérgio que ajudou a baralhar as marcações dos adversários.
Marinho, um grito de revolta
O extremo português foi o jogador mais perigoso da Naval. Ganhou muitas faltas e cartões amarelos aos adversários, tentou esticar o futebol pelos flancos, trouxe velocidade e inconformismo ao futebol da formação da Figueira da Foz. Não foi, porém, correspondido pelo resto da equipa. Só mesmo Baradji esteve quase ao nível do pequeno avançado.
Naval, e o ataque, Inácio?
A atitude da Naval foi uma decepção. A equipa parece ter estado em campo sem um objectivo ofensivo, jogando sempre muito distante da baliza do Olhanense. Não criou, aliás, um único lance que desse a sensação de poder terminar em golo. Por isso perdeu, muito naturalmente. Pareceu incapaz de esticar o futebol, num feito que só Marinho tentou vezes sem conta. O que não chegou, claro.