O Olhanense continua sem perder no campeonato e alcançou a primeira vitória, com uma primeira parte de grande nível, que fez a diferença no confronto com a U. Leiria. Os leiriense perderam pela primeira vez e sofreram o primeiro golo na competição, continuando sem marcar golos. Uma vitória justa, principalmente pelo que fez na etapa inicial.

Que grande diferença existiu entre as duas equipas na primeira parte. Com movimentações muito seguras, o Olhanense foi claramente superior ao adversário, que nesse período nunca existiu ofensivamente. O melhor que a equipa de Leiria fez, foi dois remates de meia (longa) distância, que passaram muito por cima da baliza de Moretto.

Daúto faquirá não mexeu no esquema da equipa (4x2x3x1), alterando apenas uma peça em relação ás duas primeiras jornadas: trocou Djalmir por Yontcha. De jogo para jogo, os algarvios denotam mais confiança nos processos, com um jogo muito seguro, com muita troca de bola entre os seus elementos, faltando apenas um pouco mais de acerto na finalização. Com transições rápidas que começam nos dois trincos (Fernando Alexandre e Vinícius), exímios recuperadores de bola, a equipa algarvia chegava com relativa facilidade á área adversária, construindo oportunidades suficientes para ir para o intervalo com uma vantagem mais dilatada do que a diferença mínima, alcançada por Nuno Piloto, aos 19 minutos, que finalizou sem oposição uma assistência de Paulo Sérgio.

Caixinha alterou a forma de jogar da sua equipa, arrumando-a em 4x4x2, em vez do habitual 4x2x3x1. Zahovaiko fez companhia a Carlão no ataque, entrando também Zhang no onze, para ocupar-se da faixa lateral direita do meio-campo, com Diogo Amado e Marco Soares no miolo e Pateiro na esquerda. Uma estratégia que não resultou com a equipa a denotar muitas dificuldades de progressão, dando folga a Moretto na primeira parte.

Caixinha quis mudar o filme na segunda parte e fez entrar Silas para o lugar de Zahovaiko, intenção que passou por equilibrar forças no centro do terreno, avançando Zhang para o ataque, propósitos reforçados nos primeiros mintuios com a retirada de Diogo Amado e a entrada de NGall. Mudanças que melhoraram a equipa, adiantaram-na, mas abriu mais espaços ao Olhanense, que num contra-ataque (53 minutos) falhou grande oportunidade para elevar a contagem, por Yontcha, que isolado não enganou Gottardi.

Mas que diferença entre a U. Leiria da primeira para a segunda parte. Silas trouxe coordenação ofensiva e Ngal velocidade e o Olhanense passou por dificuldades que antes nunca tivera. Ngal, aos 64 minutos falhou a primeira ocasião de golo da sua equipa e dois minutos depois Paulo Vinícius assustou com um remate próximo do poste esquerdo da baliza de Moretto.

Até final, os leiriense instalaram-se no último reduto algarvio, criando situações complicadas para a baliza algarvia, que muito sofreram para aguentar a pressão, defendendo com unhas e dentes a preciosa vitória. Nos longos seis minutos de compensação, o jogo partiu-se por completo e o Olhanense, com mais espaço teve duas boas oportunidades para elevar o marcador.