ROBERTO: Bem conhecido dos benfiquistas, estes primeiros meses ao serviço do Olympiakos têm sido mais felizes do que os primeiros tempos de águia ao peito. É verdade que na Liga grega tem sido colocado pouco à prova, mas na Liga dos Campeões tem brilhado praticamente ao nível de Mitroglou, já com dois penalties defendidos, de forma muito semelhante, a remates de Ibrahimovic e Mitrovic (em ambos o espanhol escolheu o seu lado direito). Resta saber como se sentirá no regresso à Luz.

LEANDRO SALINO: Outra cara bem conhecida, continua adaptado ao lado direito da defesa, se é que ainda faz sentido falar em adaptação. Sólido defensivamente e com participação ativa nos ataques, sobretudo através de uma circulação de bola simples mas certeira.

MANOLAS: É o central mais utilizado por Michel até ao momento. Sobrinho de Stelios Manolas, considerado o melhor defesa da história do futebol grego, é um jovem bastante promissor, de apenas 22 anos.

SIOVAS: Tal como Manolas cumpre a segunda época no Olympiakos, embora seja três anos mais velho. Tem um ar mais «mauzão», fiel a um perfil de central mais físico, mais virado para os duelos individuais, para o choque. Canhoto, gosta de assumir a condução inicial dos ataques, sobretudo à procura do passe longo.

HOLEBAS: Tem dividido a titularidade com o camaronês Gaëtan Bong, e ambos até falharam o último jogo devido a lesão, mas o internacional grego deve recuperar a tempo de jogar na Luz. Com 29 anos é um lateral muito determinado e que gosta bastante de subir no corredor, muitas vezes arriscando em demasia.

MANIATIS: Também joga a lateral direito, mas tem sido utilizado sobretudo a meio-campo e com liberdade para aparecer em zonas mais adiantadas. Tem dois golos e duas assistências esta época.

SAMARIS: Foi lançado recentemente por Fernando Santos na seleção grega. É o médio mais posicional, um jogador mais físico, que não se importa de fazer o «trabalho sujo», por vezes cometendo faltas em excesso.

FUSTER: O médio espanhol joga quase sempre a partir de uma ala, mas está longe de ser um extremo. Assume muito a condição de «playmaker», sobretudo quando joga Saviola e não Domínguez nas costas do ponta de lança. É o «rei das assistências» da equipa (seis passes para golo), com destaque para a «química» com Mitroglou.

SAVIOLA: Outra cara bem conhecida dos benfiquistas. Os anos passam e o argentino continua a ser exímio na forma como se movimenta em redor de uma unidade mais adiantada, criando muitos desequilíbrios nas defesas contrárias. Está a revelar um ótimo entendimento com Mitroglou, a lembrar a dupla com Cardozo no ano do último título do Benfica. É o segundo melhor marcador do Olympiakos, com cinco golos. O golo ao PSG ficará, seguramente, entre os grandes momentos da edição 2013/14 da Liga dos Campeões. Vai alternando entre o lado direito e o lado esquerdo do ataque, sempre à procura de espaço para partir para cima do adversário direto e entrar na área.

WEISS: O homem dos rasgos de génio. O jovem prodígio eslovaco continua à procura de um espaço de afirmação na elite europeia, e o problema tem estado sobretudo ao nível da regularidade exibicional, que a qualidade é indiscutível.

MITROGLOU: É a  «principal ameaça»

OUTRAS OPÇÕES:
Michel aposta muito na rotatividade do plantel, mesmo no eixo defensivo, setor em que os técnicos costumam procurar alguma estabilidade. A superioridade do Olympiakos na Liga grega permite esse luxo, pelo que Medjani, contratado ao Mónaco, e o capitão Papadopoulos também têm jogado, embora menos. Há ainda Papazoglou, central de raiz que tem «apagado alguns fogos» nas laterais, mas que não está inscrito na UEFA. Bong, como já foi referido anteriormente, tem dividido com Holebas a titularidade no lado esquerdo da defesa.
Entre as opções para o meio-campo está Paulo Machado, mas o internacional português ainda só disputou três encontros esta época, devido a problemas físicos, e por isso é pouco provável que seja opção inicial na Luz. Ndinga tem sido, por isso, a principal alternativa à dupla Maniatis-Samaris, com Yatabaré (ex-Bastia) menos utilizado.
Alejandro Domínguez é a alternativa a Saviola. Um pouco mais organizador de jogo e menos segundo avançado do que o ex-benfiquista, o antigo jogador do Rayo Vallecano joga a um ritmo baixo, mas é muito forte no último passe. Joel Campbell tem alternado com Fuster a titularidade nas alas. A estrela da Costa Rica também pode jogar como unidade mais adiantada, mas com Michel tem sido sempre extremo, sobretudo à direita, com tendência para procurar as diagonais para o centro, propícias ao pé esquerdo. Com Scepovic afastado da lista da UEFA, resta apenas outra opção ofensiva, que é o nigeriano Olaitan, mas que tem sido muito pouco utilizado.