Bruxelas sustenta a sua posição num relatório divulgado esta quinta-feira, que revela que «as compras em linha são uma prática cada vez mais popular na UE, mas alerta para o facto de as barreiras ao comércio transfronteiriço estarem a travar o seu desenvolvimento».
De acordo com dados do executivo comunitário, entre 2006 e 2008 a percentagem de compradores em linha na UE subiu de 27 para 33 por cento dos consumidores, «mas o comércio electrónico transfronteiriço permaneceu estável» e actualmente «apenas 7 por cento dos consumidores compram produtos em linha a partir de outro pais, estando esta diferença a aumentar e não a diminuir».
50% dos utilizadores online fizeram compras na Net
A Comissão aponta que se registam grandes diferenças entre os 27, pois assiste-se a uma «enorme popularidade das compras em linha em países como o Reino Unido, a França e a Alemanha, onde mais de 50 por cento dos utilizadores da Internet fizeram compras em linha no ano passado», mas noutros países esse valor não ultrapassa os 10 por cento, como é o caso de Portugal, ou ainda Estónia, Chipre, Grécia e Itália.
Segundo Bruxelas, os principais obstáculos que estão a impedir o desenvolvimento das compras «em linha» a nível transfronteiriço são as barreiras linguísticas - «que continuam a ser uma dificuldade para a maioria dos comerciantes e consumidores» -, reguladoras e de logística, tais como problemas relacionados com os sistemas postais e de pagamento.
«Actualmente, cerca de 150 milhões de consumidores já compram em linha, embora apenas 30 milhões efectuem compras em linha a partir de outro país. Devemos assegurar que a adopção da plataforma da Internet não seja desnecessariamente atrasada pela impossibilidade de eliminar as principais barreiras reguladoras ou de abordar as questões de confiança mais importantes para os consumidores», defendeu a comissária europeia responsável pelos Consumidores, Meglena Kuneva.
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