Épico!

Andy Murray qualificou-se esta quinta-feira para a terceira ronda do Open da Austrália, após uma batalha inacreditável com Thanasi Kokkinakis, concluída após cinco horas e 45 minutos de jogo (!) e às 4h05 da manhã de Melbourne.

A jogar em casa, Kokkinakis, número 159 do mundo, entrou melhor e triunfou nos dois primeiros sets: primeiro por 6-4 e depois no tiebreak, por 7-5.

Mas Murray, habituado a maratonas – na primeira ronda tinha deixado para trás Matteo Berrettini após quatro horas e 49 minutos, também em cinco sets –, partiu para a remontada.

O tenista escocês, vencedor de três Grand Slams e atual número 66 do mundo, resgatou o terceiro parcial também no tiebreak (7-5), fechado após um erro clamoroso de Kokkinakis, com um smash falhado de forma pouco habitual. Murray chegou a estar a perder por 5-2 neste set.

Murray continuou por cima no quarto set, por 6-3, e a decisão ficou adiada para um quinto e último set decisivo. Aí, o escocês foi mais forte e quebrou o serviço do adversário a 5-5 no marcador. Com 6-5 favorável, o serviço de Andy fez o resto e tornou-se no primeiro tenista da Era Open a vencer dez jogos em torneios de Grand Slam após perder os dois primeiros sets. Superou os registos de Todd Martin e Roger Federer.

No segundo jogo mais longo da história do Australian Open, só superado pela final de 2012 entre Novak Djokovic e Rafael Nadal, que durou cinco horas e 53 minutos, Andy Murray, com 35 anos e uma anca de metal, após anos de calvário ao nível de problemas físicos, foi mais forte que Kokkinakis e apurou-se para a próxima ronda: o espanhol Robert Bautista-Agut é o próximo adversário.

Este jogo torna-se também o mais longo da carreira de Andy Murray, superando a "batalha" com Juan Martin Del Potro em 2016, na Taça Davis, que durou cinco horas e sete minutos.