O sonho comanda a vida e os adeptos do Famalicão podem continua a sonhar bem alto. Os famalicenses golearam o Paços de Ferreira e continuam no topo da I Liga, em vésperas de visitar Alvalade. Já os pacenses permanecem no lado oposto da tabela classificativa e nem a chicotada psicológica surtiu efeitos.

Desengane-se quem, pelo resultado, achar que se assistiu a um bom jogo em Famalicão. Até aos 60 minutos, o jogo foi um longo bocejo, só despertado pelo golo madrugador dos locais. Depois, em meia hora, assistiu-se a três golos da equipa da casa e dois dos castores, insuficientes para tirar a equipa da cauda da classificação.

Da primeira vez que o Famalicão chegou à área pacense, marcou. Pedro Gonçalves entrou na área pela esquerda e foi rasteirado por Bruno Santos. Falta clara assinalada de pronto por António Nobre, que nem precisou de consultar o VAR. Fábio Martins assumiu a marcação do castigo máximo e abriu o ativo. Ricardo Ribeiro ainda tocou no esférico, mas não conseguiu parar o remate do extremo.

Os adeptos locais exaltavam com o golo, ansiavam até por mais, enquanto os forasteiros pediam uma reação forte da sua equipa. Contudo, os anseios dos aficionados não passaram disso. Os castores reagiram, mas muito timidamente. Os famalicenses adormeceram com a vantagem e pouco mais fizeram. Aquilo a que se assistiu nos primeiros 45 minutos foi a um jogo monótono e bastante morno, ao contrário do estado do tempo.

Roderick teve uma estreia azarada pelo Famalicão, tendo de ser substituído logo ao quarto de hora devido a lesão. A reação pacense durou até à meia hora de jogo, altura em que os da casa assumiram o comando. Porém, o Paços Ferreira apresentou-se em campo com as linhas muito juntas, não permitindo que houvesse grande perigo junto da sua baliza. Por isso, os guarda-redes não passaram de meros espetadores e o descanso chegou com a diferença mínima no placard.

Na segunda parte, a toada do jogo manteve-se até ao Famalicão chegar ao segundo golo, apontado pelo recém-entrado Guga. Aí, os da casa despertaram e partiram para a goleada, com mais dois golos, um de Fábio Martins e outro de Pedro Gonçalves. E, uma vez mais, voltaram a adormecer num sono profundo.

Aproveitaram os castores para carregar sobre o adversário e ainda fazer dois golos. Douglas Tanque saltou do banco para fazer o gosto ao pé por duas vezes, reduzindo assim a diferença e amenizando a derrota. Por outro lado, colocou maior justiça no marcador: o Famalicão mereceu vencer, porém não por tão grande diferença de golos.