Com quatro dias de trabalho depois de substituir Abel Xavier, Paulo Alves ainda apalpa terreno no Olhanense. Depois de um empate com sabor a derrota na quarta-feira com o Sp. Covilhã para a Taça da Liga, os níveis de exigência sobem neste domingo, quando a sua equipa entrar em campo para defrontar o Nacional, na Madeira.

O pouco tempo de trabalho, não será óbice a que o Olhanense não tenha condições para vencer. «Temos que ter….», vincou Paulo Alves. «Apesar de algumas lesões importantes, temos que ter confiança e acreditar que os que estão disponíveis são capazes de formar uma equipa competitiva, consistente, e que possa dar uma boa resposta em campo, para que consigamos trazer pontos da Madeira. Sabemos que com alguns jogadores que não estão disponíveis a equipa poderia ser mais equilibrada, mas não há milagres nem volta a dar, e temos que trabalhar com os que temos. E com atitude, mentalidade forte e determinação, vamos lutar muito por trazer pontos com o Nacional.», continuou.

«O Olhanense só poderá surpreender se tiver três ou quatro itens que considero importantes: uma equipa muito consistente no seu compartimento mental e na estrutura dentro do campo. Se for solidária, muito séria e concentrada nos pormenores do jogo, que, hoje, decidem jogos. Por isso, a concentração será fundamental, e se houver entreajuda mútua, estará à altura de conquistar pontos. Vamos procurar a melhor estratégia, mas se não tiver esses pressupostos, esses alicerces fundamentais, será muito complicado.», acrescentou.

Com o Sp. Covilhã, Paulo Alves arrumou a equipa em 4x3x3, em vez do 4x2x3x1, de Abel Xavier. «A estratégia que adotámos com o Covilhã resultou do que absorvemos com algumas pessoas que estavam cá, porque era completamente impossível ter um conhecimento muito grande para disputar o jogo. A estratégia até acabou por ser mais em função do que tínhamos de disponibilidade em termos de grupo, alguns jogadores com sobrecarga, e tentamos fazer alguma gestão para não perdermos, em termos de futuro, algum jogador. Como foi o caso do Kroldrup, que tem pouco tempo de treino e se tivesse jogado poderíamos ter problemas para este jogo. No meio de toda a gestão pareceu-nos que a melhor estrutura seria aquela, para aquele jogo, o que não quer dizer que será a mesma para o jogo com o Nacional», observou.

Para o treinador, a derrota com os serranos não deixou mossa nos jogadores. «Deram uma boa resposta, em empenho e atitude. E estou seguro que se isso for transferido para o jogo, vamos ter um comportamento saudável, muito sério, rigoroso, lutando pela conquista de pontos. Há aspetos que queremos que a equipa assimile, mas não são possíveis muitas coisas, em tão pouco tempo. Tentamos introduzir o que nesta altura nos parece mais importante e a resposta tem sido boa, positiva, e com mais tempo de trabalho adotará a forma de estar certa», acredita.

«Conhecia a equipa, mas uma coisa é aquilo que nos transparece de um, dois ou três jogos, e outra é trabalhar com eles, diariamente. É muito diferente. E, neste curto espaço de tempo, não é possível tirar um retrato fiel do que cada jogador possa vir a valer. Da imagem que eu tinha, vejo que tem alguns jogadores que podem ser importantes para o futuro do Olhanense, parece-me também que numa ou noutra posição o plantel possa ter um ou outro desequilíbrio, mas isso só o futuro dirá se é verdade ou não. Mas não anda muito longe do que vi, e com o tempo iremos aperceber-nos de algumas coisas, até porque estamos ainda numa fase precoce. Tenho três treinos, e só após o jogo com o Covilhã é que pude começar a sentir o pulso aos jogadores. A resposta global que o plantel tem dado é positiva, e vamos fazer com que se exponha em campo», concluiu.