Nos dois primeiros jogos do Euro2012, Portugal consentiu três golos: todos de cabeça e todos com espaços cedidos no lado que supostamente seria protegido por Cristiano Ronaldo.

Paulo Bento não disseca as situações e defende o atleta. «Não queria particularizar. Para cada jogo, para cada adversário existe uma estratégia e um plano de jogo em que cada jogador tem de executar um determinado número de funções. Há jogadores que estão mais talhados para desempenhar funções defensivas e outros mais ofensivas».

Cristiano Ronaldo, entende-se, estará mais liberto para aquilo que realmente faz bem: atacar.

«O que temos feito é tentar arranjar uma estratégia em termos defensivos que faça com que a equipa seja equilibrada e consistente. Não vou individualizar por que é que estamos a sofrer golos. Jogamos e tentamos trabalhar em equipa e não individualizar as questões», comentou.

«Não recuperei emocionalmente o Postiga»

Bento analisa a Holanda, elogia a Alemanha e a Espanha

«Não podemos jogar dois jogos»

No que diz respeito à matemática do grupo, Paulo Bento prefere não analisar contas que são difíceis de fazer.

«Numa competição como esta, num grupo equilibrado onde estamos inseridos, havia algo que acreditávamos que fosse suceder e que vai acontecer: tudo se vai resolver na última jornada. É verdade que a Holanda ainda não ganhou, mas não pretendemos que seja connosco que o faça. Temos um grande respeito pela Holanda, como tivemos com a Alemanha e Dinamarca. No outro lado vai estar uma equipa que também talentos e também é muito organizada», referiu.

A equipa holandesa destaca-se, sobretudo, pelo seu poderio ofensivo, apesar de ter marcado apenas um golo.

«O jogo é feito de vários momentos. Num grupo tão equilibrado, dificilmente se domina um jogo durante 90 minutos, por isso é gerir da melhor maneira todos os momentos do jogo. A equipa que gerir melhor os quatro momentos do jogo é que tem mais possibilidades de ganhar», destacou ainda.