Se não há dois dias iguais, porque haveriam de existir dois anos? No que diz respeito aos goleadores europeus, a máxima assenta na perfeição. Depois de analisados os dados das principais Ligas europeias, conclui-se que nada é como dantes, no que a golos marcados diz respeito. Os jogadores que levaram para casa o ceptro de melhor marcador no seu país em 2008/09 vivem, agora, um ano de ressaca, quando nos encontrámos no último terço dos campeonatos europeus.
Começando pelo topo. O uruguaio Diego Forlán, do Atlético de Madrid, foi o máximo goleador europeu na temporada transacta. Ao todo foram 32 os tentos apontados. Este ano, a crise da equipa de Simão e Tiago também afectou Forlán que ainda só fez doze golos (dois de grande penalidade), em 24 jogos pelos madrilenos. Menos dez que o argentino Messi que lidera.
Ainda por Espanha, encontrámos o melhor marcador italiano. Zlatan Ibrahimovic, apesar do início prometedor, tem tido um ano de 2010 uns furos abaixo, registando, também, 12 golos marcados. Longe dos 25 ao serviço do Inter, de José Mourinho.
De Anelka a...Nené
Em terras britânicas já não reina um francês. Anelka, que, no ano passado, fez 19 golos pelo Chelsea, festejou, este ano, apenas em 8 ocasiões, num total de 25 encontros realizados pelos blues. Precisamente o número de golos que o melhor marcador da prova, Rooney, leva, até ao momento.
A crise gaulesa não é exclusiva de Anelka. Gignac, máximo goleador em 2009, manteve-se ao serviço do Toulouse, mas com um rendimento bem diferente. De 24 passou para apenas 6 golos apontados, em 23 jogos. Grafite, do Wolfsburgo, tem receita semelhante. Fez o gosto ao pé por 28 vezes no ano passado, mas, agora, leva apenas 8. Metade dos tentos que Kiessling, do Leverkussen, já tem no curriculum.
Por fim, o caso português. Nené fez 20 golos com a camisola do Nacional, batendo toda a concorrência lusitana. A par de Ibrahimovic, foi o único a mudar de ares, por seu turno para o Cagliari, onde fez 7 golos em 26 jogos. A última prova de um ano em que os artilheiros de outrora têm vivido de pólvora seca.