Pedro Caixinha, treinador do Santos Laguna, no México, não deixou Miguel Herrera, treinador do America, sem resposta, depois do homólogo do clube rival ter dito que o treinador português «não era nenhum anjinho» e de o acusar de manter uma relação conflituosa com os colegas de profissão.

Uma troca de palavras que se sucedeu ao jogo entre os dois rivais, em que a equipa de Pedro Caixinha, apesar de ter sido expulso, venceu por 2-1. «Não sou nenhum anjinho, nem um menino de coro, mas mudei muito ao longo deste 22 anos [de carreira] e há pontos na minha personalidade e no meu caráter que têm a ver com o respeito. Quando faço algo, faço-o de forma respeitosa porque essa é a minha educação, o meu ponto de vista e os meus princípios. Se sou respeitoso, exijo respeito», referiu Caixinha citado no jornal mexicano «Récord».

«Isso tem a ver com a minha capacidade de vencer pelo trabalho no campo e não permitir que ninguém me rebaixe. Também me ensinaram a respeitar as pessoas que mantêm a palavra, ou seja que não mudam de um dia para o outro. O que se passou no estádio na sexta-feira, fica no estádio, tenho liberdade de expressão, não sou a voz do dono», acrescentou.

O treinador do Santos Laguna comentou ainda os insultos que os adeptos da sua equipa dirigiram ao treinador dos Tigres, Ricardo Ferretti, dizendo que não espera represálias, até porque respeita os adeptos do clube rival. «Que fique claro que a melhor claque é a nossa porque nos respeita e nos apoia, mas a verdade é que gostei de ver a forma como os adeptos dos Tigres apoiam a sua equipa. A claque dos Tigres está entre as melhores do México, porque enchem o estádio e dão um apoio incondicional à equipa. Por isso não acredito que eu como treinador, ou qualquer outro que vá ali, seja um problema para os adeptos dos Tigres», referiu ainda o treinador português.

A confusão entre bancos no Santos-Laguna-America: