A Académica volta a enfrentar, tal como na época passada, uma espécie de maldição dos centrais. Já chegaram a estar os quatro do plantel lesionados, como no último jogo, com o Estoril, quem foram dois médios Flávio Ferreira e Keita, que tiveram de fazer os lugares.
Por ironia, Pedro Emanuel é um antigo jogador daquela posição e, desafiado pelos jornalistas para voltar a calçar as chuteiras, ainda entrou na brincadeira, mas recuperou rapidamente o registo sério:
«Estou muito bem fisicamente. Estou prontíssimo [sorriso], mas temos mais do que soluções para isso. Neste momento da época, o que importa é estarmos disponíveis mentalmente. Temos de ser competitivos, estar mais do que concentrados, porque temos um opositor de qualidade, e tentarmos manter a nossa identidade, porque queremos conquistar pontos.»
As lesões, diz o técnico, são fruto do próprio futebol, «da exigência colocada em cada partida», e não preocupam o técnico, que prefere concentrar-se em dado mais objetivos. «Fomos a primeira equipa a marcar em Madrid, mas só se relembra o que foi negativo. Tivemos um pouco de respeito a mais. Soltámos as amaras quando já estamos em desvantagem», reconheceu.
«Sabíamos que íamos ter menos bola do que queríamos, acabamos por não ser objetivos quando conquistámos a bola. Sentimo-nos amarrados, com algum excesso de respeito, mas amanhã, iremos respeitar o adversário e, quando tivermos a bola, vamos tentar fazer coisas melhores», completou.
O facto de o Atlético de Madrid aproveitar a Liga Europa para poupar alguns jogadores - Falcao será o grande ausente -, também mereceu comentário do técnico, que não atribuiu grande relevância a essa gestão.
"Não acredito que baixe a guarda. Necessita de mais um ponto e a certeza de que virá não só defender o título, como para vencer, ate pela qualidade dos intervenientes. Não esperamos facilidades. Serão rostos diferentes, mas não com menos qualidade.»