Em estado de graça. É assim que os adeptos do Marítimo estão. A sua equipa vem somando vitórias na Liga e na Taça de Portugal. Assim, domingo, o «caldeirão» dos Barreiros deve encher para empurrar a equipa para mais um triunfo, desta feita frente a um V. Setúbal, que por acaso até venceu na Madeira na época transacta, no campeonato e na taça.

Bruno Ribeiro reconhece «momento menos bom»

«É verdade que vamos defrontar uma equipa muito experiente, com muita qualidade e com elementos que jogam na Liga há muitos anos. Prevejo um jogo difícil, mas temos só um objectivo em mente, o de vencer. Sei que a massa associativa vai estar em peso e vai ajudar-nos a ultrapassar os momentos de maior dificuldade, pois acredito que o Setúbal vai querer gerir o jogo da forma como gosta, querendo impor o seu ritmo, algo que não podemos permitir. Se não o permitirmos, estamos mais próximos de vencer», disse Pedro Martins, técnico dos verde-rubros, no lançamento da partida.

As notícias do Marítimo

Roberto Sousa já está operacional e vai regressar à equipa, enquanto o líder maritimista confirma que «o Igor está ausente por motivos do foro pessoal, Benachour fez uma entorse no tornozelo», pelo que estão indisponíveis. Quanto à situação de Marquinho, o técnico revela que o jogador «foi para o Brasil e continua a ser jogador do clube, mas é um assunto que está entregue ao departamento jurídico». «Não pode dar o seu contributo, pois não se encontra cá», acrescentou.



«Um grupo do melhor que há»

É verdade que o momento é de euforia, mas tal situação não passa para dentro do plantel. E assim, tem sido fácil a Pedro Martins gerir o momento: «Muito sinceramente, nós temos um grupo do melhor que há, em termos humanos e profissionais. Nesta fase não tem sido difícil gerir. Por vezes, preocupa-me em determinados momentos haver algum relaxamento ou alguma euforia nisto tudo, mas já demos provas que isso aqui não acontece. A equipa sabe do seu real valor, mas também tem noção das limitações que tem e isso é importante salientar. Além de grandes profissionais, são inteligentes e percebem as suas limitações».

A actualidade do V. Setúbal

No início da época, o líder maritimista disse que queria o «caldeirão» de volta, e a verdade é que os adeptos vão promover uma mobilização no domingo. «Isso deve-se também ao grupo de trabalho. Eles têm sido extraordinários na forma como se empenham e aplicam. Inclusivamente, nos próprios jogos podem existir momentos em que as coisas não correm tão bem, mas nota-se que a equipa tem alma, força de vontade e sede de vencer. Isso transporta-se para a massa associativa, que tem percebido e reconhecido isso».

Assim, à semelhança do que aconteceu frente ao Guimarães, o técnico espera que os adeptos repitam o apoio dado: «No último jogo em casa com o V. Guimarães, nos momentos de maior dificuldade - e eu tinha dito antes que teríamos de sofrer e lutar muito para conquistar o que conseguimos - a massa associativa foi inteligente e nos momentos de maior aflição ajudou-nos. É isso que espero que aconteça domingo, que apoiem a equipa. O futebol está mesmo a mudar e cada vez mais é complicado jogar em casa, porque as equipas quando jogam fora, preparam-se muito bem e jogam para vencer. As massas associativas têm de ser um pólo de aglutinação para ultrapassar as dificuldades e espero que isso se repita com o V. Setúbal. Que a massa associativa tenha paciência em determinados momentos. E, como disse, se a equipa for capaz de impor o ritmo de jogo e à velocidade que nós queremos, estaremos mais próximos de o vencer.»