No debate sobre os desafios das ligas europeias, em Vila Nova de Gaia, o presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, criticou a ideia para a criação de uma Superliga Europeia. Tebas deu conta da sua posição e afirmou mesmo que o projeto «nasceu às cinco da manhã, num balcão de um bar, entre os clubes mais ricos».

Também o presidente da Liga de clubes portuguesa, Pedro Proença partilhou da mesma ideia do homólogo espanhol, considerando que esta prova beneficia apenas «uma pequena elite e retira valor às ligas nacionais».

Os dirigentes criticaram ainda o modelo de distribuição de dinheiros da UEFA, para os triénios 2018/19-2020/21 e 2021/22-2023/24, apelando ao organismo que não coloque em causa a sustentabilidade das ligas nacionais.

Os presidentes das ligas ibéricas apontam a centralização das receitas televisivas como o caminho a seguir.  Pedro Proença reforçou a importância desta questão, pois a repartição das receitas televisivas «não iria tornar os clubes ricos, menos ricos, mas permitia aos médios e pequenos receber um pouco mais e diminuir o fosso financeiro». 

Javier Tebas concluiu dizendo que a tomada de decisão «tem de ser ponderada, refletida e os seus efeitos estudos», pois as ligas nacionais são a base de sustentação das competições europeias.