O terceiro dia em tribunal para decidir se Oscar Pistorius fica em prisão preventiva por acusação de homicídio da namorada, Reeva Steenkamp, prosseguiu nesta quinta-feira, ainda sem uma decisão. A sessão começou com a informação de que Hilton Botha, detetive responsável pela investigação, é ele próprio acusado de tentativa de homicídio, num processo que tinha sido arquivado e foi reaberto. Também hoje, um dos principais patrocinadores de Pistorius anunciou que suspendeu o apoio ao atleta olímpico e paralímpico.

O caso que envolve Botha, cujo testemunho na véspera foi muito abalado pela defesa, aconteceu em 2011. O polícia é suspeito, junto com outros dois agentes, de disparar sobre um táxi cheio de passageiros enquanto conduzia uma viatura estatal, explica a BBC. As acusações, sete tentativas de homicídio, foram inicialmente retiradas, mas restauradas mais tarde, sem que se saiba ainda exatamente em que momento foram retomadas. Botha deve ir a tribunal em maio.

O processo criminal a Botha foi confirmado pela acusação em tribunal, e o juiz chamou o detetive de novo no início da audiência de hoje, mas apenas para o questionar sobre factos relacionados com o processo. Nomeadamente sobre o facto de não ter ainda os registos de chamadas de Pistorius nem da vítima da noite do crime. Depois, a audiência prosseguiu com mais argumentos da defesa e da acusação.

Enquanto Pistorius estava na sala de audiências em Pretória, a Nike divulgou em comunicado que suspendeu o patrocínio a Pistorius. «Consideramos que devem ser concedidas todas as garantias processuais a Oscar Pistorius e vamos continuar a acompanhar de perto a evolução da situação», diz a empresa.