O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, criticou este domingo o ministro do Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, por «ter-se esquecido» de indicar uma estratégia para combater o desemprego e as dificuldades das empresas, escreve a Lusa.

«Ficámos sem saber qual a estratégia do Governo para combater o desemprego e as dificuldades por que estão a passar as empresas portuguesas. O ministro das Finanças trouxe um discurso antigo para o Ano Novo quer em relação ao défice quer em relação ao crescimento da economia», afirmou.

No intervalo de uma reunião informal do conselho de ministros que decorreu na residência oficial do primeiro-ministro, José Sócrates, Teixeira dos Santos afastou qualquer perspectiva de redução de impostos apesar de em 2007 se ter atingido o objectivo do défice, que será inferior a três por cento do PIB.

Teixeira dos Santos assegurou no entanto que mais nenhuma medida será acrescentada às já tomadas para assegurar a melhoria das contas públicas, afastando a perspectiva de «novos sacríficios».

Em declarações à Agência Lusa, o líder parlamentar do CDS-PP considerou que, face à expectativa criada, «a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, a um domingo, foi um tiro de pólvora seca».

«O ministro das Finanças diz que não pede mais sacrifícios para 2008 mas esquece-se que no orçamento do Estado para este ano está previsto um novo aumento da carga fiscal», referiu.

Diogo Feio assinalou ainda os «baixos aumentos das pensões de reforma», que «não serão suficientes e farão com que os reformados percam mais poder de compra em 2008».

Sobre as afirmações de Teixeira dos Santos no que respeita às investigações ao Banco Comercial Português, Diogo Feio reiterou que cabe ao Banco de Portugal «e ao seu governador», Vítor Constâncio, «assegurar a estabilidade das instituições financeiras».