A Lusófona promoveu o reitor Fernando Santos Neves, único professor que assinou as equivalências na licenciatura de Miguel Relvas, ao cargo de presidente do Conselho Superior Académico de todo o grupo universitário, do qual fazem parte onze instituições de ensino superior em Portugal e seis no estrangeiro.

Em comunicado enviado à TVI, a universidade esclarece a informação surgida esta manhã nos jornais, que dava conta de que António Fernando Santos Neves tinha sido afastado ou demitido do cargo de reitor da Universidade Lusófona no Porto.

No despacho da universidade a que a TVI teve acesso, o refere-se que todos os membros da reitoria por Santos Neves nomeados cessaram funções.

«Considerando que a nomeação do Senhor Professor Doutor António Fernando santos Neves para Presidente do Conselho Académico do "Grupo Lusófona" deixou vago o cargo de reitor da Universidade Lusófona do Porto e, também, o dos restantes membros da Reitoria, por ele nomeados e da sua inteira confiança; Considerando que a preparação do próximo ano letivo já deve ser feita sob a orientação e coordenação do novo Reitor e que, por isso, é da maior urgência o preenchimento do referido cargo (...)», lê-se no comunicado.

Santos Neves será substituído na reitoria pela professora Isabel Lança.

No documento, a direção da universidade agradece a «excelente colaboração prestada, a qual guindou a Universidade Lusófona do Porto ao mais alto prestígio». Na ordem de serviço, refere-se que o até agora reitor no Porto vai desempenhar um «alto cargo, de cujo êxito se espera desenvolvimento e prestígio para o grupo Lusófona».

A Universidade Lusófona, noutro despacho enviado à TVI, indica que o cargo que António Fernando Santos Neves vai ocupar será uma estreia, ou seja, não existia antes. O documento estatutário da criação do cargo tem referência a este ano de 2012, mas não tem data de entrada em vigor.

Manuel Damásio, representante da administração da Cofac, entidade que criou a Lusófona, e filho do atual administrador da universidade, disse hoje à Lusa que o mandato de Santos Neves na reitoria do Porto «só terminaria daqui a uns tempos», mas insistiu que a substituição no cargo nada tem a ver com o processo de licenciatura de Miguel Relvas em Ciência Política e Relações Internacionais.

Fernando Santos Neves foi o professor que assinou, em 2006, o despacho que atribuiu as equivalências que permitiram ao ministro frequentar apenas quatro das 36 disciplinas para concluir a licenciatura. Na altura, era o presidente do Conselho Científico do Departamento de Ciências Socias e Humanas.