«Estes dados revelam que a política fiscal, a cair em cima da classe média e das pequenas e médias empresas, está a afundar ainda mais a recessão», afirmou o líder do CDS-PP, em conferência de imprensa para analisar o Boletim Económico da Primavera, divulgado pelo Banco de Portugal.
Veja aqui o vídeo
Paulo Portas defendeu uma imediata baixa da carga fiscal, propondo em concreto baixar os Pagamentos por Conta e Especial por Conta, a devolução mensal do IVA, e que as linhas de crédito concedidas às empresas «deixem de ter condições que as tornam impossíveis».
«Àqueles que dizem que não se pode baixar a carga fiscal, eu digo, a cada empresa que fecha é uma empresa que deixa de pagar impostos e um grupo de trabalhadores que vai ter que receber o subsídio de desemprego».
Perante dados que indicam uma contracção da economia em 3,5 por cento, o líder do CDS-PP questionou «como é que o Governo continua a prever uma subida da pressão fiscal de 41 por cento».
Famílias portuguesas com mais dinheiro este ano
Desemprego vai aumentar menos do que seria de esperar
Ligeira retoma possível em 2010
Aumentos salariais da função pública «estão altos»
Medidas não devem implicar despesa futura
Paulo Portas alertou ainda que os números do desemprego poderão vir a subir em face dos novos dados, e questionou o Governo sobre quando é que tenciona apresentar novas previsões. O mesmo deverá acontecer em relação ao défice, disse.
Para Paulo Portas, «é evidente que com uma recessão tão funda, com um crescimento de menos 3,5 por cento, isso significa que vai haver menos receita e mais despesa, porque vai haver maiores eventualidades sociais».
Veja as declarações de Constâncio (vídeo)
RELACIONADOS
Contracção do PIB: PCP pede mais apoios face à «má notícia»
Governo admite rever previsões económicas
Recessão vai ter consequências graves no desemprego
Recessão agravada: «Não podia ser de outra forma»
Banco de Portugal vai de «pior previsão em pior previsão»
Recessão: Governo não desiste de grandes obras públicas
Crise: medidas não devem implicar despesa futura