Foi a vitória mais amarga do Portimonense na Liga. Os algarvios derrotaram o Marítimo mas desceram de escalão por via do triunfo do V. Setúbal em Alvalade. Louve-se a atitude e garra da equipa da casa, que do principio ao fim foi a equipa que mais fez por vencer e continuar a sonhar.

Num jogo onde só a vitória interessava às duas equipas, foi o Portimonense que entrou com mais vontade, marcando o ritmo, obrigando o adversário a uma atitude expectante.

Os algarvios poderiam ter inaugurado o marcador no primeiro minuto, por Candeias, festejos evitados por grande intervenção de Marcelo. Foi uma entrada «com tudo» do Portimonense, que manteve sempre um ritmo elevado mas com pouca produção efectiva de perigo para a baliza madeirense. Foi muita parra e pouca uva!

O Marítimo até se sentiu bem no papel expectante que os algarvios lhe reservaram, pois tem jogadores rápidos no ataque (Baba e Djalma) para surpreender qualquer defesa. As transições nem sempre saíam bem, com (principalmente) Soares e Elias a manietarem Benachour, principal transportador atacante da sua equipa. Quando encontrava espaço, a equipa madeirense conseguia imprimir velocidade, só que com posicionamento correcto, era fácil a anulação por parte da defesa dos algarvios. Assim, dada as dificuldades de penetração na área de Ventura, os insulares tiveram que recorrer a remates de fora-da-área, que morriam invariavelmente nas mãos do guarda-redes do Portimonense.

Assim, com tão poucas oportunidades de golo, as duas equipas só poderiam ir empatadas a zero para intervalo.

Na segunda-parte os algarvios renovaram a vontade em vencer, e lançaram-se sobre o último reduto madeirense, construindo oportunidades atrás de oportunidades para marcar. Carlos Azenha aumentou os intentos com a entrada de Ivanildo para a saída de Soares, um dos trincos.

Principalmente Pires, por 3 ocasiões (48, 54 e 59 minutos), mas também Candeias (54), o Portimonense esteve muito perto de inaugurar o marcador. Os madeirenses resistiam como podiam, bombardeados pelos dois flancos, e começaram a surgir espaços dentro da área de Marcelo.

Nove minutos depois de ter entrado, Ivanildo inaugurou o marcador, aproveitando (precisamente) um espaço à entrada da área de Marcelo. O Portimonense já merecia amplamente a vantagem!

Até então, o Marítimo pouco existira ofensivamente, cenário que se manteve até final, onde apenas aumentou o chuveirinho para a área de Ventura, mas sem causar qualquer perigo. Pedro Martins ainda reforçou o ataque com as entradas de Heldon e Edinho, mas manteve-se a inoperância.

O jogo caminhava para o final. O Portimonense tinha o jogo controlado, mas o triunfo sadino em Alvalade encaminhava os algarvios para a Liga de Honra, mesmo brindados de aplausos dos seus sócios e adeptos!