Deco
Carlos Queiroz anunciou magia para o jogo desta noite e quem melhor do que Deco, o mágico de serviço da Selecção, para a fornecer a rodos. O reforço do Chelsea fez jus ao número dez que tem nas costas e partiu para uma exibição de luxo, saindo-lhe tudo na perfeição com a bola nos pés. Quer nas mudanças de flanco, quer nos cruzamentos para a área, a bola saiu-lhe sempre redondinha, com uma precisão desconcertante, para chegar ao destinatário em perfeitas condições. Arrancou inúmeros bruás das bancadas no lances de um-para-um, improvisando espaços com o seu jogo de pés e provocando danos graves na bem organizada defesa dinamarquesa. Destaque para um nó sobre Daniel Agger, ainda na primeira parte, que o permitiu destacar-se na zona frontal para um remate que passou bem perto da baliza de Andersen.
Paulo Ferreira
Foi uma das poucas alterações em relação ao jogo de Malta e respondeu com nota máxima, deixando vida difícil para Antunes na luta pela vaga no flanco esquerdo. Depois da entrada determinada da Dinamarca, foi o lateral que deu a primeira resposta arrancando pelo seu flanco, aproveitando os espaços vazios, para chegar à entrada da área e disparar um tiro venenoso para o segundo poste. Com uma boa leitura de jogo, fez muito bem as compensações, tapando muitos buracos que Ricardo Carvalho deixava em aberto. Embora não tenha sido tão acutilante como Bosingwa, nunca deixou de dar uma ajuda no ataque e foi ele que lançou Hugo Almeida no lance que terminaria no golo assinado por Nani.
Pepe
Outra exibição de nível elevado, oferecendo cargas de serenidade à defesa portuguesa que passou por alguns momentos difíceis com o ataque rápido dos dinamarqueses. Sempre muito bem colocado no terreno, ganhou muitos lances por antecipação, para depois sair a jogar com a bola nos pés. Foi essencial para anular o jogo aéreo do adversário e junto ao relvado nunca deu hipóteses. Foi infeliz no terceiro golo da Dinamarca, com um desvio que traiu Quim.
Nani
O mais rápido da selecção portuguesa em campo. Demorou a entrar no jogo, perdendo muitas bolas na fase inicial, mas acabou por conseguir transformar a sua velocidade em dividendos para a sua equipa. Com o seu estilo gingão, deixando as chuteiras a arrastar no relvado, arranca depois com a sua passada larga, oferecendo linhas de passe e abrindo caminhos. Surgiu que nem uma flecha na área dinamarquesa para o primeiro golo e esteve muito perto de voltar a marcar, na segunda parte, em mais um lance em velocidade, dominando com o peito antes de atirar para as mãos de Andersen.
Hugo Almeida
Não foi um jogo talhado para um ponta-de-lança fixo, com Portugal a preferir transportar a bola em sucessivos passes curtos, mas o jogador do Bremen acabo por encaixar no sistema de jogo, adaptando-se ao futebol rendilhado. Recordamos a assistência para o golo de Nani, quando podia ter atirado para a baliza, e para uma segunda assistência, desde o meio-campo, a destacar Simão na área, num lance que podia ter proporcionado novo golo.
Bendtner
Apareceu no princípio e no final do jogo. Teve o condão de colocar a defesa portuguesa em sentido logo no primeiro lance da partida quando se destacou na área de Quim lançado por Jensen. Depois de contornar o guarda-redes, atirou às malhas laterais. Um lance que obrigou a defesa portuguesa a elevar os índices de concentração ao máximo. Depois deixou e incomodar, obrigado a ajudar a sua equipa a defender. Apareceu no final do jogo para bater Quim com um remate cruzado que empatou o jogo.
Daniel Jensen
O melhor dos dinamarqueses em campo, com uma boa leitura do jogo, passe preciso e um remate fortíssimo. Fez-se notar logo no primeiro lance do desafio, apanhando a defesa portuguesa em contra-pé para, com um balão, destacar Brendtner na área portuguesa. Esteve quase sempre envolvido nos melhores lances de ataque da Dinamarca e acabou por gelar Alvalade com o terceiro golo em tempo de descontos.