A poucas semanas de começar o Mundial, basta uma lesão de gravidade média para que um jogador fique arredado da competição. Sem margem de manobra para grandes recuperações, não são raros os casos de atletas que perdem a viagem já depois de terem sido incluídos na convocatória. Nas duas últimas grandes competições que disputou, a Selecção Nacional sofreu desse problema. Como não temos a intenção de agoirar, esperemos que não se confirme o velho ditado, que diz que não há duas sem três.

Em 2008, na véspera do arranque do Europeu, a equipa das quinas ficou sem Quim. O guarda-redes do Benfica sofreu uma fractura no pulso direito e foi substituído por Nuno Espírito Santo, que se juntou a Ricardo e Rui Patrício.

Dois anos antes também houve «baixa» de última hora, e igualmente com um guarda-redes. Bruno Vale lesionou-se no Europeu de sub-21, disputado no nosso país, e já não integrou a selecção «AA» no Mundial 2006. Paulo Santos foi «promovido», e acompanhou Ricardo e Quim na Alemanha.

No Mundial de 2002 também houve uma «baixa» de última hora, mas neste caso o motivo não foi uma lesão. Kenedy acusou «doping» quando a Selecção já estagiava em Macau. Hugo Viana «abandonou» o Europeu de sub-21 e juntou-se ao grupo, mas não chegou a jogar no torneio organizado pelo Japão e Coreia do Sul.

O «doping» também tirou um jogador a Portugal em 1986. Veloso acusou uma substância proibida e já não viajou para o México, embora até tenha tirado a foto de família. Bandeirinha, jogador do F.C. Porto foi acordado de madrugada para integrar a comitiva.

Brasil: «baixas» no Mundial desde 1990

Não é apenas a selecção portuguesa a sofrer com a «maldição das baixas de última hora». O Brasil, por exemplo, foi afectado nos últimos cinco mundiais! Desde 1994 que o «escrete» não tem uma preparação tranquila. Ricardo Gomes e Mozer falharam o torneio dos Estados Unidos, sendo que este último, que representava o Benfica na altura, já tinha perdido o Mundial de 1986.

Em 1998 a «vítima» foi Romário. Emerson perdeu o Mundial 2002 por ter experimentado ir à baliza, no final de um treino. Em 2006 foi Edmilson a ter de ser «riscado» da convocatória.