O Algarve é a região do país que apresenta melhores condições de crescimento ao nível do turismo interno, apesar do aumento do preço dos combustíveis e da crise associada. Esta é uma das conclusões da 24ª edição do Barómetro Academia Aberta do Turismo, da responsabilidade do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT).

Numa análise mais global, o painel de inquiridos acredita maioritariamente que a subida do preço dos combustíveis «afectará bastante» o desenvolvimento do turismo nacional. Pelo menos, é essa a avaliação feita por 53 por cento dos respondentes. Para 43%, este cenário internacional «afectará moderadamente» o turismo nacional, enquanto 4% o refere que «afectará pouco».

Maioria descrente de aumento do turismo interno

Praticamente na mesma proporção, a maioria mostra-se descrente acerca de um possível incremento do turismo interno. Na opinião de 52% dos elementos do painel que responderam, o aumento do preço do petróleo não será sinónimo de mais turistas nacionais em trânsito, ao passo que 43 por cento acredita exactamente no contrário. 5% não sabe.

Finalmente, e no que se refere aos três impactos principais que a situação dos combustíveis provocará, as questões foram divididas em cinco categorias, com três possibilidades. As que recolheram mais respostas foram, na parte da «procura», o aumento do turismo interno e do proveniente de Espanha e a redução da procura/diminuição dos fluxos turísticos.

Na categoria «custos/preços» é o aumento dos custos de funcionamento das empresas do sector e redução de margens. Na «oferta», haverá previsivelmente diminuição das taxas de ocupação, ao passo que as viagens de avião ficarão mais caras, quando a categoria é «transportes». Nas «receitas/investimento», haverá diminuição das receitas turísticas.

O estudo foi realizado entre 25 de Junho e 4 de Julho junto de presidentes e administradores de entidades turísticas e hoteleiras, gestores de entidades públicas ligadas ao turismo e académicos especializados na área.