A inflação alimentar está a mostrar sinais claros de que irá estabilizar, graças às previsões de uma colheita abundante de cereais para esta estação, mas não está, no entanto, prevista uma descida acentuada dos máximos actuais, segundo avança o «Diário Económico».

O índice de preços alimentares da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) das Nações Unidas-uma média do custo de 55 matérias-primas agrícolas-registou em Abril o primeiro decréscimo mensal em 15 meses devido à descida dos preços do trigo, lacticínios, açúcar e soja.

O subdirector-geral da FAO, José María Sumpsi, citado pelo jornal diário, disse que a inflação alimentar, excluindo o arroz e o milho, parece ter atingido «o ponto máximo», mas não fez qualquer referência a uma descida dos preços. Os comentários e o decréscimo no índice são os sinais mais encorajadores desde que a crise alimentar rebentou no último Verão, mas isto não significa que a crise esteja a chegar ao fim.

O índice cresceu 52% no ano passado, mas em Abril, e segundo as primeiras estimativas, desceu para 216,7 pontos, ficando abaixo da revisão feita em Março que apontava para 217 pontos.