«A redução de 500 postos de trabalho e as sucessivas paragens levaram a que os trabalhadores se preocupassem. Mas os trabalhadores querem acreditar que o mercado automóvel vai dar resposta e que a situação vai melhorar», afirmou à agência Lusa Jorge Abreu, da CT.
Jorge Abreu contou que chegou a estar prevista mais uma paragem de dois dias, para 19 e 20, «que entretanto foi desmarcada porque houve um aumento de encomendas e necessidade do aumento de produção».
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«O que está previsto é este ser um arranque (de laboração) normal», acrescentou, frisando que os trabalhadores sentem «necessidade de estar optimistas» e de «acreditar que o pior já passou».
A CT diz estar aberta ao diálogo com a administração, «disponível para fazer parte integrante da discussão do problema e não apenas para ser mensageira da desgraça».
«O que pedimos desde o início é que nos envolvam na discussão e que nas reuniões seja transmitida a verdade. A CT tem reunido algumas vezes com a administração e pensa que até agora isso tem estado a acontecer», acrescentou.
Segundo Jorge Abreu, não foi dado conhecimento à CT da intenção de dispensar mais trabalhadores.
A CT estima que tenham ficado sem emprego perto de 500 trabalhadores da fábrica de Mangualde, uma vez que aos cerca de 400 trabalhadores contratados e temporários que não viram os seus contratos renovados se terão juntado 80 trabalhadores efectivos que acabaram por aceitar a rescisão amigável.
Na sequência das notícias na semana passada, que davam conta de que a Peugeot Citroën de Mangualde poderia fechar, a CT pediu uma reunião à administração.
«Como entretanto a administração já veio desmentir, não haverá necessidade dessa reunião, até porque temos agendadas reuniões mensais para discutir o calendário de trabalho», afirmou.
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