Feitas as contas, as instituições financeiras lucraram, até Setembro, cerca de 8 milhões de euros por dia.
Os maiores ganhos coube ao banco estatal Caixa Geral de Depósitos ao lucrar 676,6 milhões de euros. Isto é, a instituição liderada por Carlos Ferreira lucrou mais do que o BCP e o BPI juntos. Este valor representa uma subida de 21,8% face a igual período do ano passado.
Para os resultados, a Caixa-Seguros concorreu com um montante de 131,8 milhões de euros, valor que equivale a um crescimento de 15,7% face a Setembro do ano passado, adianta o banco.
BES com maior subida
A maior subida coube, no entanto, ao BES. A entidade liderada por Ricardo Salgado registou um resultado líquido consolidado de 487,8 milhões até Setembro, o que representa uma subida de 60% face ao período homólogo de 2006.
Segundo a instituição financeira, a área internacional tem vindo a ganhar cada vez mais terreno, ao pesar 43% do volume total.
BPI gastou quase 10 milhões com OPA
O BPI registou um lucro de 249,4 milhões de euros, nos primeiros noves meses do ano, valor que representa uma subida de 14% face ao mesmo período do ano passado.
Na análise de resultados por área de negócio, a actividade doméstica contribuiu com 192,5 milhões de euros e a respectiva rentabilidade do capital próprio médio ascendeu a 19%. A actividade internacional contribuiu com 56,9 milhões de euros e a rentabilidade do capital próprio médio situou-se nos 32,7%.
Os custos do BPI subiram em 13%, valor que inclui 9,9 milhões de euros relacionados com a oferta pública de aquisição lançada pelo BCP.
Santander ganha com venda de posição no BPI
O Santander Totta registou lucros de 388,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que representa um crescimento de 22,6% face ao homólogo.
Na base deste aumento estão, de acordo com o banco de Nuno Amado, os ganhos extraordinários de 16,1 milhões de euros, resultantes da venda de parte da posição da instituição no BPI.
BCP único a cair
O único banco que, neste período, sofreu uma quebra nos lucros foi o BCP. A instituição liderada por Filipe Pinhal apresentou uma quebra de 27,5% para os 403,7 milhões de euros.
Este valor não conta, no entanto, com os custos gastos com a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI e os de reestruturação que totalizaram 74 milhões de euros.
«A turbulência vivida nos últimos tempos nos mercados financeiros internacionais, o impacto das alterações regulamentares em Portugal, bem como toda a problemática relativa à discussão de eventuais alterações ao modelo de governo societário, marcaram de forma significativa a performance do terceiro trimestre» é a explicação dada pelo BCP para justificar esta quebra nos resultados.
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