Para a administradora da recém-criada consultora financeira Loow, Tânia Vieitas, os «spreads» praticados pelos bancos não vão baixar e, para ter acesso a um valor mais competitivo, é necessário recorrer a empresas que prestam este tipo de serviços.

«Os critérios dos bancos são cada vez mais rigorosos para que haja um maior controlo do risco. As instituições têm olhado mais para a taxa de esforço. Duvido que os bancos voltem a ter taxas tão baixas como tiveram no ano passado e que voltem a aprovar créditos sem qualquer critério», revela a responsável em entrevista à Agência Financeira (AF).

Segundo Tânia Vieitas, o serviço prestado pela Loow é «uma boa solução para as famílias portuguesas que estão cada vez mais endividadas e, ao mesmo tempo, faz face ao crescimento contínuo das taxas de juro de da inflação que registam níveis historicamente altos».

Daí a administradora estar à espera de boa receptividade por parte dos consumidores nacionais. «Reduzir as prestações sem qualquer custo e trabalho associado é sem dúvida uma solução apetecível para qualquer família», alerta à AF

Atinge todas classes sociais

Para Tânia Vieitas, o problema do endividamento, que segundo os dados do Banco de Portugal já atinge 129% do rendimento disponível e 114% do Produto Interno Bruto (PIB), não é típico de apenas uma classe social.

«São frequentes os clientes que chegam em situações muito complicadas com prestações superiores ao valor dos salários e independentemente da classe social», alerta a administradora.

A Loow, criada há mês e meio, funciona em regime de «franchising» e tem parcerias com vários bancos.