O primeiro efeito é financeiro. A falência de bancos e a eventual necessidade de outros serem nacionalizados para preservar a estabilidade do sistema torna as instituições financeiras mais desconfiadas em relação à concessão de crédito. O resultado é uma subida dos prémios de risco, que faz aumentar as taxas de juro. A tradução para os portugueses é simples: as prestações da casa vão subir e o recurso ao crédito vai ficar mais complicado.
Ainda de acordo com o «DE», apesar do primeiro impacto ser financeiro, juros mais altos têm impacto na economia real. Dinheiro mais caro significa menos consumo e menos investimento, dificultando o crescimento económico e estrangulando os dois vértices do mercado laboral: o emprego e os salários.
Outros danos colaterais, para quem joga na bolsa, são prejuízos. A bolsa reflecte e antecipa os movimentos económicos. A falência de bancos e seguradoras é um mau indicador e isso reflecte-se na bolsa, que perde valor. O problema é especialmente grave para quem tem de fazer mais-valias no curto ou médio prazo, já que para investidores de longo e muito longo prazo ainda há bastante tempo para recuperar das perdas recentes. Ainda quem tiver investido em empresas americanas falidas terá certamente problemas.
RELACIONADOS
Tesouro dos EUA faz leilões para equilibrar contas da Fed
Barclays prevê investir 10 milhões no segmento Premium
Rendeiro considera provável «processos de fusão e consolidação»
Rússia: bolsas suspendem actividades devido a queda de acções
Paulson apoia plano da Fed para salvar AIG
AIG: problemas não comprometem obrigações em Portugal