De acordo com a agência «Lusa», a medida é defendida num documento que a estrutura entregou a um assessor do primeiro-ministro, José Sócrates, durante uma deslocação do chefe do Executivo a Coimbra.
O aumento do desconto fiscal ao gasóleo agrícola «por forma a acompanhar os aumentos do preço no consumo final» e a reposição da ajuda à electricidade para uso agrícola são medidas consideradas «urgentes» pela CNA para «acudir às dificuldades da agricultura familiar e do mundo rural».
Governo «tem de nos ouvir»
«O Governo tem de nos ouvir. Queremos combustíveis mais baratos e gasóleo agrícola com maior desconto», reclama a CNA.
A Confederação Nacional da Agricultura alega que, «tal como os portugueses sentem, o preço dos combustíveis não pára de aumentar. No espaço de um ano, o gasóleo duplicou de preço».
Do «caderno de reclamações» entregue ao assessor do primeiro-ministro constam ainda, entre outras medidas, a criação de mecanismos expeditos de escoamento para produtos como a carne, batata e vinho e o «combate à especulação com os preços de bens alimentares no consumo e à ditadura comercial imposta pelas grandes superfícies».
A Confederação exige ainda ao Governo que combata os «interesses especulativos das grandes empresas no sector dos combustíveis».
«A situação é grave e reclama medidas urgentes e realmente eficazes por parte do governo. Não medidas repressivas sobre quem protesta, mas sim medidas económicas e financeiras que façam baixar, e muito, os preços dos combustíveis», acrescenta.
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