Os oito países mais ricos do mundo confiaram no passado sábado ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a missão de investigar as causas da alta do petróleo, problema que ameaça a economia mundial, mas cujo diagnóstico e remédios são difíceis.

Reunidos em Osaka (oeste do Japão), os ministros das Finanças do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Canadá e Rússia) advertiram no comunicado final que o petróleo caro é «uma séria ameaça para a estabilidade do crescimento mundial».

O preço do petróleo prosseguiu em alta na última semana, se aproximando dos 140 dólares o barril antes de uma leve queda. O aumento vertiginoso prejudica a recuperação da economia mundial depois da grave crise financeira de 2007.

Apesar da ameaça, os ministros do G8 se preocuparam mais por buscar as causas do problema e pediram ao FMI e à Agência Internacional de Energia (AIE) que examinem os «factores reais e financeiros que estão por trás da recente alta das cotações do petróleo e sua volatilidade».

O FMI vai divulgar um relatório sobre a questão na sua próxima assembleia-geral, em Outubro.

O G8 espera assim que o FMI tome uma posição entre a hipótese que culpa a especulação ou a versão de que a crise resulta de uma produção insuficiente.