Manuel Pinho, que falava também numa comissão parlamentar, anunciou, nomeadamente, que decidiu «solicitar imediatamente à Galp que torne pública informação até agora de natureza confidencial, relativa à estrutura de custos e proveitos da actividade de armazenamento e transporte de combustíveis líquidos».
Recorde-se que, entre as medidas recomendadas pela AdC no relatório estava precisamente uma melhoria da informação aos consumidores. Ao contrário do que se esperava, a AdC não aconselhou a separação dos negócios da Galp, nomeadamente retirar à petrolífera o negócio de transporte e armazenamento, admitindo que não foram encontrados indícios de quaisquer entraves à entrada de concorrentes neste negócio.
A Galp controla este negócio no mercado nacional, que representa dois cêntimos por litro na formação dos preços dos combustíveis. Mas, para além deste, a Galp é também a única refinaria do País, negócio que engole uma parte bem maior do preço final de venda ao público, tanto da gasolina, como do gasóleo.
No caso da primeira, a refinação representa 43 cêntimos e no caso do segundo 52 cêntimos.
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