Um aumento que, segundo a instituição, supõe uma forte subida da taxa de poupança dos particulares, de 6,2 para 9% do rendimento disponível. No entanto, o banco central alerta que isto pode não se verificar, «uma vez que é muito difícil prever uma inversão do comportamento desta ordem, apesar da plausibilidade de se verificar um aumento».
Economia nacional vai contrair 3,5%
O acréscimo esperado na poupança «resulta de uma atitude de receio e incerteza face ao futuro e traduzir-se-á num adiamento e forte redução da despesa em bens de consumo duradouro», onde o BdP espera uma queda de 17%. Pelo contrário, os bens de consumo corrente, deverão registar um crescimento de 1%.
O aumento do rendimento disponível, diz o BdP, decorre fundamentalmente do crescimento previsto dos salários nominais e da redução dos preços em 2009, que deverá traduzir-se numa inflação média negativa, em 0,2%.
No entanto, o Banco de Portugal sublinha que isto não significa um processo de deflação geral dos preços, já que a maioria continuará a aumentar.
Vítor Constâncio justifica a queda do consumo com o aumento do desemprego, que define como «drama social e económico que a recessão torna praticamente inevitável».
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