«Tenho pela profissão de banqueiro exactamente a mesma consideração que os banqueiros têm pela minha: próximo de zero», disse Juncker, que é também ministro das Finanças do Luxemburgo e presidente do Eurogrupo, que junta os ministros das Finanças da Zona Euro, avança a «Lusa».
Na entrevista, o primeiro-ministro luxemburguês mostra-se particularmente irritado com a atitude dos mercados financeiros após o começo da crise.
«Os mesmos que querem castrar os poderes públicos são agora os primeiros a dirigir-se a eles para responder à crise», afirma Juncker.
«Sinto-me co-responsável pelo curso dos acontecimentos. Fizemos tudo para que a crise não passasse para a economia real», conclui, acrescentando esperar que a intervenção dos Estados no sentido de salvar vários bancos sirva de lição para o futuro.
O luxemburguês participa sábado, em Paris, numa mini-cimeira convocada pelo presidente Francês para discutir a crise que está a abalar os mercados financeiros, reunião em que também estarão presentes os chefes de governo da Alemanha, Itália e Grã-Bretanha.
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