[Notícia actualizada às 14h]

Os três consórcios com propostas para construção do troço Lisboa/Poceirão da rede de Alta Velocidade apresentaram projectos com custos de construção entre 1,87 mil milhões de euros e os 2,31 mil milhões de euros.

O consórcio Tave Tejo, dos espanhóis da Fomento Construcciones e Contratas (FCC) apresentou a proposta mais barata: um custo da obra, a preços de Janeiro, de 1,870 mil milhões de euros e um custo anual de manutenção de cerca de 10.738 euros.

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A proposta seguinte em termos de preço é a do consórcio Altavia, do qual faz parte a Mota-Engil, com um custo total de 2,198 mil milhões de euros. A juntar a este valor estão os custos de manutenção estimados de 12.204 euros.



Já a mais cara surgiu da parte do Elos, grupo constituído pela Brisa e Soares da Costa, que avaliou o projecto por 2,310 mil milhões de euros, com um custo médio anual de manutenção na ordem dos 12.474 euros.

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Compete agora à Rave, júri neste processo, decidir qual a melhor proposta.

«Nos nossos critérios, 50% é para a parte financeira, mas também será muito importante as componentes estética e técnica de cada um dos projectos», explicou Carlos Fernandes, da Rave.

A empresa responsável pelos processos inerentes ao TGV estimou que só a construção do troço Lisboa/Poceirão custará 1,928 mil milhões de euros, menos 458 milhões do que as primeiras estimativas da Rave, de 2007.

Uma ponte com carro e comboio lado-a-lado

A Mota-Engil decidiu ainda incluir na sua proposta uma variante, pensada pela própria Rave no sentido de tornar a construção da ponte mais barata.



«A ideia consiste em, quando a ponte atravessar o rio, os dois tabuleiros (um rodoviário e um ferroviário) deixem de estar um em cima do outro, como na ponte 25 de Abril, e passem a ficar lado-a-lado», explicou Carlos Fernandes.



Esta variante foi escolhida, apenas, pelo consórcio Altavia e avaliada em 2,166 mil milhões de euros, além dos 11.198 euros de manutenção anual.

De acordo com o calendário da Rave, a obra só terá início no final de 2010.

Até ao final de 2009, uma destas três propostas ficará de fora, ao mesmo tempo que a Rave entregará ao Governo o relatório final do primeiro concurso, que liga Poceirão a Caia (na fronteira), estimada em 1,343 mil milhões de euros. A adjudicação do troço Lisboa/Poceirão, por sua vez, só se realizará durante o terceiro trimestre de 2010.