No final de uma audiência com o Presidente da República, Pinto Monteiro afirmou que os conselhos executivos das escolas e os professores «têm de ter a coragem, obrigação e dever cívico para participarem» estes casos de violência, avança a «TSF».
O procurador pediu ainda aos professores para não terem medo de sofrerem «represálias» por denunciar os casos de violência e indisciplina de que são vítimas ou mesmo outro tipo de medos.
«É uma obrigação e um dever dos conselhos directivos participar ao Ministério Público todos os ilícitos criminais. Isto não é judicializar. É um disparate completo dizer isso. Isto é cumprir a lei, porque estes crimes são públicos», sublinhou.
Pinto Monteiro aludiu ainda a casos de alunos que vão para as escolas com armas, casos que considerou bem mais graves do que o ocorrido na escola Carolina Michaelis, do Porto, onde uma aluna e uma professora disputaram um telemóvel.
«Se vos disser que tenho elementos seguros de escolas em que os alunos vão armados com pistolas de 6,35 e 9mm não me digam que isto é uma coisa que já acontecia antigamente porque não é verdade», explicou.
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