A partilha do risco de cobrança pelos consumidores é inaceitável. É um sinal errado dado aos consumidores e leva à diminuição do incentivo à empresa para cobrar», afirmou o secretário-geral da Deco, Jorge Morgado, na audição pública que culmina este processo.
Igual opinião manifestaram outras associações representativas dos consumidores como a Federação Nacional das Cooperativas de Consumidores (Fenacoop) e a Direcção-Geral do Consumidor (DGC).
Quanto à proposta de revisão trimestral dos preços da luz, a Deco manifesta-se agora contra e propõe-se sim uma periodicidade semestral.
«É uma mudança demasiado drástica para os hábitos das famílias. Com a revisão semestral os portugueses poupam dinheiro, mas é preciso que tenha intervalos máximos de variação e que venha acompanhado por uma campanha explicativa», adiantou Jorge Morgado.
Relativamente à tarifa tri-horária, que também está em cima da mesa, a associação aponta que há falta de elementos sobre os seus efeitos e realça que ainda é preciso incentivar a bi-horária.
Esta é uma queixa comum às três associações, que alegam que os consumidores continuam pouco informados sobre o que pagam e o que tipo de tarifa lhes é mais conveniente.
Até ao final deste mês de Julho, é esperado que o conselho tarifário da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos decida a favor ou contra todas as propostas que fazem parte da alteração da regulamentação do sector eléctrico.
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