As principais construtoras automóveis norte-americanas prometeram cumprir as exigências do Congresso dos EUA, aplicando uma reestruturação profunda das suas empresas e reduzindo significativamente os custos, condições necessárias para obter o apoio financeiro do Governo.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acredita que a ajuda às fabricantes (General Motors, Ford e Chrysler) «vai acontecer», explicando que, no entanto, o Congresso reservou o direito de reescrever os planos de estratégicos das empresas, avança a «Lusa».

«Queremos que exista um compromisso para o futuro. Queremos que exista uma reestruturação da produção e uma reforma na remuneração dos executivos», acrescentou Nancy Pelosi.

As três principais empresas do sector automóvel dos EUA pedem apoios ao Governo norte-americano que atingem cerca de 27 mil milhões de euros (34 mil milhões dólares): 14 mil milhões de euros (18 mil milhões de dólares) para a General Motors (GM), 7 mil milhões de euros (9 mil milhões de dólares) para a Ford e 5 mil milhões de euros (7 mil milhões de dólares) para a Chrysler.

Prometem reformular gamas de veículos

O director-geral da Ford, Alan Mulally, que recebeu 22 milhões de euros (28 milhões de dólares) em 2007, indicou que está disponível para receber apenas um dólar de ordenado anual, desde que seja concedida à sua empresa a linha de crédito pretendida, decisão a que se juntaram os seus homólogos da GM e da Chrysler.

Os líderes das três empresas comprometeram-se ainda a reformular a sua gama de veículos tornando-a mais atractiva, mais eficiente e menos poluente, após o anúncio na terça-feira das quebras nas vendas em Novembro das três empresas: a GM vendeu menos 41 por cento de viaturas, a Ford 30 por cento e a Chrysler 47 por cento.

A General Motors afirmou ainda estar disposta a sacrificar um terço dos seus trabalhadores nos EUA, prevendo 31.500 despedimentos até 2012, e em vender ou acabar com as marcas Saab e da Saturn, comprometendo-se ainda a investir 11 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares) em novas tecnologias para acelerar a implementação de veículos mais pequenos e menos poluentes, incluindo os motores eléctricos, a partir de 2010.